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Untitled - Saída de Emergência

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idiotas e os estropiados. Longe da carne, e mais longe da honra.<br />

— Aquele não é lugar para um rei — <strong>de</strong>clarou o seu irmão.<br />

— É lugar — respon<strong>de</strong>u Khal Drogo, na Língua Comum que Dany<br />

lhe ensinara — para Rei Pés-Doridos. — Bateu palmas. — Uma carreta!<br />

Tragam uma carreta para Khal Rhaggat!<br />

Cinco mil Dothraki <strong>de</strong>sataram a rir e a gritar. Sor Jorah estava em<br />

pé ao lado <strong>de</strong> Viserys, gritando-lhe ao ouvido, mas o ruído na sala era tão<br />

estrondoso que Dany não conseguia ouvir o que ele estava a dizer. O seu<br />

irmão gritou <strong>de</strong> volta, e os dois homens engalfinharam-se até que Mormont<br />

atirou Viserys ao chão.<br />

O irmão <strong>de</strong> Dany puxou da espada.<br />

O aço nu brilhou num temível clarão vermelho à luz das fogueiras.<br />

— Manten<strong>de</strong>-vos longe <strong>de</strong> mim! — sibilou Viserys. Sor Jorah recuou<br />

um passo, e o seu irmão ergueu-se em pés instáveis. Brandiu a espada por<br />

sobre a cabeça, a lâmina emprestada que o Magíster Illyrio lhe <strong>de</strong>ra para o<br />

fazer parecer mais régio. Os Dothraki gritavam com ele <strong>de</strong> todos os lados,<br />

berrando pesadas pragas.<br />

Dany soltou um grito inarticulado <strong>de</strong> terror. Sabia o que uma espada<br />

<strong>de</strong>sembainhada significava ali, mesmo que o irmão não soubesse.<br />

A sua voz fez com que o irmão virasse a cabeça, e viu-a pela primeira<br />

vez.<br />

— Ali está ela — disse, sorrindo. Caminhou na sua direcção, golpeando<br />

o ar como que para abrir caminho através <strong>de</strong> uma muralha <strong>de</strong> inimigos,<br />

apesar <strong>de</strong> ninguém lhe tentar barrar o caminho.<br />

— A lâmina… não <strong>de</strong>ves — suplicou-lhe. — Por favor, Viserys. É<br />

proibido. Pousa a espada e vem partilhar as minhas almofadas. Há bebida,<br />

comida… são os ovos <strong>de</strong> dragão que queres? Po<strong>de</strong>s ficar com eles, mas <strong>de</strong>ita<br />

a espada fora.<br />

— Faz o que ela te diz, louco — gritou Sor Jorah — antes que nos<br />

mates a todos.<br />

Viserys riu.<br />

— Eles não nos po<strong>de</strong>m matar. Não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>rramar sangue aqui na<br />

cida<strong>de</strong> sagrada… mas eu posso. — Encostou a ponta da espada entre os<br />

seios <strong>de</strong> Daenerys e fê-la <strong>de</strong>slizar para baixo, sobre a curva da sua barriga.<br />

— Quero aquilo que vim buscar — disse-lhe. — Quero a coroa que ele me<br />

prometeu. Comprou-te, mas nunca te pagou. Diz-lhe que quero aquilo que<br />

negociei, caso contrário levo-te <strong>de</strong> volta. A ti e aos ovos. Ele po<strong>de</strong> ficar com<br />

o seu maldito potro. Corto a barriga, tiro daí o bastardo e <strong>de</strong>ixo-o ficar para<br />

ele. — A ponta da espada fez pressão através das sedas <strong>de</strong> Dany e picou-lhe<br />

o umbigo. Dany viu que Viserys estava a chorar; a chorar e a rir, tudo ao<br />

mesmo tempo, este homem que em tempos fora seu irmão.<br />

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