31.10.2014 Views

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

mitir-se o <strong>de</strong>sespero. — Irri, manda que tragam a banheira imediatamente.<br />

Doreah, Eroeh, encontrem água, água fria, ele está tão quente. — Era uma<br />

fogueira em pele humana.<br />

As escravas instalaram a pesada banheira <strong>de</strong> cobre no canto da tenda.<br />

Quando Doreah trouxe o primeiro jarro <strong>de</strong> água, Dany hume<strong>de</strong>ceu um<br />

pano <strong>de</strong> seda e pousou-o na testa <strong>de</strong> Drogo, sobre a pele que queimava.<br />

Os olhos <strong>de</strong>le olharam-na, mas não a viram. Quando a boca se abriu, não<br />

<strong>de</strong>ixou escapar nenhuma palavra, só um gemido.<br />

— On<strong>de</strong> está Mirri Maz Duur? — exigiu saber, com a paciência encurtada<br />

pelo medo.<br />

— Qotho há-<strong>de</strong> encontrá-la — disse Irri.<br />

As aias encheram a banheira com água tépida que fedia a enxofre, purificando-a<br />

com jarros <strong>de</strong> óleo amargo e mãos-cheias <strong>de</strong> folhas esmagadas<br />

<strong>de</strong> menta. Enquanto o banho era preparado, Dany ajoelhou-se <strong>de</strong>sajeitadamente<br />

ao lado do senhor seu marido, <strong>de</strong> barriga inchada com o filho <strong>de</strong><br />

ambos lá <strong>de</strong>ntro. Desfez-lhe a trança com <strong>de</strong>dos ansiosos, como fizera na<br />

noite em que ele a possuíra pela primeira vez, sob as estrelas. Pôs <strong>de</strong> lado as<br />

campainhas com cuidado, uma a uma. Ele iria querê-las <strong>de</strong> novo quando<br />

estivesse bem, disse Dany a si própria.<br />

Um sopro <strong>de</strong> ar entrou na tenda quando Aggo enfiou a cabeça através<br />

da seda.<br />

— Khaleesi — disse — o ândalo chegou e pe<strong>de</strong> licença para entrar.<br />

“O ândalo” era o que os dothraki chamavam a Sor Jorah.<br />

— Sim — disse ela, erguendo-se <strong>de</strong>sajeitadamente — manda-o entrar.<br />

— Confiava no cavaleiro. Ele saberia o que fazer se mais ninguém soubesse.<br />

Sor Jorah Mormont entrou, baixando a cabeça sob a aba que fazia <strong>de</strong><br />

porta e esperou um momento que os olhos se lhe ajustassem à escuridão.<br />

No feroz calor do sul, usava calças largas <strong>de</strong> sedareia <strong>de</strong> várias cores e sandálias<br />

abertas <strong>de</strong> montar atadas junto do joelho. A bainha da sua espada pendia<br />

<strong>de</strong> um cinto <strong>de</strong> pêlo <strong>de</strong> cavalo entrançado. Sob um colete branqueado, o<br />

seu peito estava nu, com a pele tornada vermelha pelo sol.<br />

— Fala-se ao ouvido por todo o khalasar — disse ele. — Diz-se que<br />

Khal Drogo caiu do cavalo.<br />

— Ajudai-o — suplicou Dany. — Pelo amor que dizeis ter por mim,<br />

ajudai-o agora.<br />

O cavaleiro ajoelhou a seu lado. Olhou para Drogo com atenção durante<br />

muito tempo, e <strong>de</strong>pois virou os olhos para Dany.<br />

— Mandai as aias embora.<br />

Sem palavras, <strong>de</strong> garganta apertada <strong>de</strong> medo, Dany fez um gesto. Irri<br />

empurrou as outras raparigas para fora da tenda.<br />

81

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!