31.10.2014 Views

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

duros como ferro na carne mole e oscilante sob o braço da esposa <strong>de</strong> <strong>de</strong>us<br />

e pô-la em pé.<br />

— Não — disse Dany. — Não a quero magoada.<br />

Os lábios <strong>de</strong> Qotho afastaram-se dos seus <strong>de</strong>ntes tortos e castanhos<br />

numa terrível caricatura <strong>de</strong> sorriso.<br />

— Não? Dizes-me que não? É melhor que rezes para não te prendamos<br />

ao lado da tua maegi. Tu fizeste isto, tanto como a outra.<br />

Sor Jorah interpôs-se, <strong>de</strong>sapertando a espada na bainha.<br />

— Puxa as ré<strong>de</strong>as à língua, companheiro <strong>de</strong> sangue. A princesa ainda<br />

é tua khaleesi.<br />

— Só enquanto o sangue-do-meu-sangue sobreviver — disse Qotho<br />

ao cavaleiro. — Quando morrer, não é nada.<br />

Dany sentiu um aperto no seu interior.<br />

— Antes <strong>de</strong> ser khaleesi, era do sangue do dragão. Sor Jorah, chamai<br />

o meu khas.<br />

— Não — disse Qotho. — Nós saímos. Por agora… khaleesi. — Haggo<br />

seguiu-o, carrancudo.<br />

— Aquele quer-vos mal, princesa — disse Mormont. — Os dothraki<br />

acreditam que um homem e os seus companheiros <strong>de</strong> sangue partilham<br />

uma vida, e Qotho vê-a a terminar. Um homem morto está para lá do<br />

medo.<br />

— Ninguém morreu — disse Dany. — Sor Jorah, posso ter necessida<strong>de</strong><br />

da vossa lâmina. É melhor colocar<strong>de</strong>s a armadura. — Estava mais<br />

assustada do que se atrevia a admitir, até para si própria.<br />

O cavaleiro fez uma vénia.<br />

— Às vossas or<strong>de</strong>ns. — Saiu a passos largos da tenda.<br />

Dany virou-se para Mirri Maz Duur. Os olhos da mulher estavam<br />

pru<strong>de</strong>ntes.<br />

— E assim me salvastes outra vez.<br />

— E agora tens <strong>de</strong> o salvar a ele — disse Dany. — Por favor…<br />

— Não se pe<strong>de</strong> a uma escrava — respon<strong>de</strong>u bruscamente Mirri<br />

— diz-se-lhe. — Aproximou-se <strong>de</strong> Drogo, que ardia sobre a sua esteira, e<br />

olhou longamente para a sua ferida. — Pedir ou dizer, não faz diferença. Ele<br />

está para lá das capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um curan<strong>de</strong>iro. — Os olhos do khal estavam<br />

fechados. Ela abriu um com os <strong>de</strong>dos. — Tem atenuado a dor com leite <strong>de</strong><br />

papoila.<br />

— Sim — admitiu Dany.<br />

— Fiz-lhe um cataplasma <strong>de</strong> vagem <strong>de</strong> fogo e não-me-piques, e liguei-o<br />

numa pele <strong>de</strong> ovelha.<br />

— Ele dizia que ardia. Arrancou-o. As ervanárias fizeram-lhe uma<br />

nova, húmida e calmante.<br />

84

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!