31.10.2014 Views

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

criança. — Jhaqo é agora um khal, à frente <strong>de</strong> vinte mil cavaleiros.<br />

Dany ergueu a cabeça.<br />

— E eu sou Daenerys, Nascida na Tempesta<strong>de</strong>, Daenerys da Casa<br />

Targaryen, do sangue <strong>de</strong> Aegon, o Conquistador, e Maegor, o Cruel, e da<br />

velha Valíria antes <strong>de</strong>les. Sou a filha do dragão, e, juro-vos, esses homens<br />

morrerão aos gritos. Agora levai-me a Khal Drogo.<br />

Jazia sobre a terra vermelha e nua, <strong>de</strong> olhos fixos no sol.<br />

Uma dúzia <strong>de</strong> moscas <strong>de</strong> sangue pousara no seu corpo, embora ele<br />

não parecesse senti-las. Dany enxotou-as e ajoelhou-se a seu lado. Os olhos<br />

<strong>de</strong>le estavam muito abertos, mas não viam, e ela compreen<strong>de</strong>u <strong>de</strong> imediato<br />

que Drogo se encontrava cego. Quando sussurrou o seu nome, não pareceu<br />

ouvir. A ferida no peito estava tão curada como estaria algum dia, com a<br />

cicatriz que a cobria cinzenta e vermelha e hedionda.<br />

— Porque está ele aqui sozinho ao sol? — perguntou-lhes.<br />

— Parece gostar do calor, princesa — disse Sor Jorah. — Os seus olhos<br />

seguem o sol, embora não o veja. Consegue fazer algo semelhante a andar.<br />

Vai para on<strong>de</strong> o levam, mas não mais longe. Come se lhe puserem comida<br />

na boca e bebe se lhe escorrerem água para os lábios.<br />

Dany beijou o seu sol-e-estrelas suavemente na testa, e ergueu-se para<br />

encarar Mirri Maz Duur.<br />

— Os teus feitiços são caros, maegi.<br />

— Ele vive — disse Mirri Maz Duur. — Pedistes vida, pagastes por<br />

vida.<br />

— Isto não é vida para quem era como Drogo. A sua vida era gargalhadas<br />

e carne a assar numa fogueira, e um cavalo entre as suas pernas. A<br />

sua vida era um arakh na mão e as campainhas a tinir no cabelo enquanto<br />

cavalgava ao encontro <strong>de</strong> um inimigo. A sua vida era os seus companheiros<br />

<strong>de</strong> sangue, e eu, e o filho que lhe <strong>de</strong>via ter dado.<br />

Mirri Maz Duur não <strong>de</strong>u resposta.<br />

— Quando voltará a ser como era? — quis saber Dany.<br />

— Quando o sol nascer a oci<strong>de</strong>nte e se puser a oriente — disse Mirri<br />

Maz Duur. — Quando os mares secarem e as montanhas forem sopradas<br />

pelo vento como folhas. Quando o vosso ventre voltar a ganhar vida e <strong>de</strong>res<br />

à luz um filho vivo. Então, e não antes, ele regressará.<br />

Dany fez um gesto para Sor Jorah e os outros.<br />

— Deixai-nos. Quero falar a sós com esta maegi. — Mormont e os dothraki<br />

retiraram-se. — Tu sabias — disse Dany <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>les se irem embora.<br />

Sentia dor, por <strong>de</strong>ntro e por fora, mas a fúria dava-lhe forças. — Tu sabias o<br />

que eu estava a comprar, e conhecias o preço, e mesmo assim <strong>de</strong>ixaste-me<br />

pagá-lo.<br />

— Foi errado da parte <strong>de</strong>les terem queimado o meu templo — dis-<br />

98

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!