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Untitled - Saída de Emergência

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— Bem gostaria <strong>de</strong> saber como.<br />

A voz <strong>de</strong> Mirri Maz Duur ergueu-se num lamento agudo e ululante<br />

que enviou um arrepio pelas costas <strong>de</strong> Dany abaixo. Alguns dos dothraki<br />

começaram a resmungar e a recuar. A tenda brilhava com a luz vinda dos<br />

braseiros que tinha no interior. Através da sedareia salpicada <strong>de</strong> sangue,<br />

Dany viu sombras que se moviam.<br />

Mirri Maz Duur dançava, e não estava só.<br />

Dany viu um medo nu nos rostos dos dothraki.<br />

— Isto não po<strong>de</strong> ser — trovejou Qotho.<br />

Não vira o companheiro <strong>de</strong> sangue regressar. Tinha Haggo e Cohollo<br />

com ele. Haviam trazido os homens sem cabelo, os eunucos que curavam<br />

com facas, agulhas e fogo.<br />

— Isto será — respon<strong>de</strong>u Dany.<br />

— Maegi — rosnou Haggo. E o velho Cohollo — o Cohollo que ligara<br />

a vida à <strong>de</strong> Drogo no dia do seu nascimento, o Cohollo que sempre fora<br />

bondoso com ela — Cohollo cuspiu-lhe em cheio na cara.<br />

— Morrerás, maegi — prometeu Qotho — mas a outra tem <strong>de</strong> morrer<br />

primeiro. — Puxou pelo arakh e dirigiu-se à tenda.<br />

— Não — gritou Dany — não po<strong>de</strong>s. — Pegou-lhe no ombro, mas<br />

Qotho empurrou-a. Dany caiu <strong>de</strong> joelhos, cruzando os braços sobre a barriga<br />

para proteger a criança que tinha lá <strong>de</strong>ntro. — Parai-o — or<strong>de</strong>nou ao<br />

seu khas — matai-o.<br />

Rakharo e Quaro encontravam-se ao lado da aba da tenda. Quaro<br />

<strong>de</strong>u um passo em frente, levando a mão ao cabo do chicote, mas Qotho<br />

rodopiou, gracioso como uma bailarina, fazendo subir o arakh curvo. A lâmina<br />

apanhou Quaro <strong>de</strong>baixo do braço, o brilhante aço afiado cortou couro<br />

e pele, cortou músculo e osso da costela. Jorrou sangue quando o jovem<br />

cavaleiro cambaleou para trás, arquejando.<br />

Qotho libertou a lâmina.<br />

— Senhor dos cavalos — chamou Sor Jorah Mormont. — Tenta comigo.<br />

— A sua espada longa <strong>de</strong>slizou da sua bainha.<br />

Qotho rodopiou, praguejando. O arakh moveu-se tão <strong>de</strong>pressa que o<br />

sangue <strong>de</strong> Quaro foi projectado num borrifo fino, como chuva num vento<br />

quente. A espada parou-o a trinta centímetros do rosto <strong>de</strong> Sor Jorah, e segurou-o,<br />

estremecendo, por um instante enquanto Qotho uivava <strong>de</strong> fúria. O<br />

cavaleiro estava revestido por cota <strong>de</strong> malha, com manoplas e grevas <strong>de</strong> aço<br />

articulado e um pesado gorjal em volta da garganta, mas não se lembrara<br />

<strong>de</strong> colocar o elmo.<br />

Qotho dançou para trás, fazendo girar o arakh por cima da cabeça<br />

numa mancha cintilante, brilhando como um relâmpago quando o cavaleiro<br />

arremeteu numa investida. Sor Jorah fez a melhor parada que foi capaz,<br />

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