31.10.2014 Views

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

Untitled - Saída de Emergência

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

cavalo. Quaro e os outros seguiram-no, com os sinos nos cabelos a repicar.<br />

— I<strong>de</strong> com eles — or<strong>de</strong>nou a Sor Jorah.<br />

— Às vossas or<strong>de</strong>ns. — O cavaleiro <strong>de</strong>itou-lhe um olhar estranho.<br />

— Sois <strong>de</strong>veras irmã do vosso irmão.<br />

— Viserys? — Dany não compreen<strong>de</strong>u.<br />

— Não — respon<strong>de</strong>u ele. — Rhaegar. — Afastou-se a galope.<br />

Dany ouviu Jhogo gritar. Os violadores riram-se <strong>de</strong>le. Um homem<br />

gritou <strong>de</strong> volta. O arakh <strong>de</strong> Jhogo relampejou, e a cabeça do homem tombou<br />

<strong>de</strong> cima dos seus ombros. Os risos transformaram-se em pragas quando<br />

os cavaleiros levaram as mãos às armas, mas nessa altura Quaro, Aggo<br />

e Rakharo já lá se encontravam. Viu Aggo apontar para o lugar, do outro<br />

lado da estrada, on<strong>de</strong> ela se encontrava montada na sua prata. Os cavaleiros<br />

olharam-na com frios olhos negros. Um cuspiu. Os outros foram ter com<br />

as suas montadas, resmungando.<br />

Enquanto isso, o homem que estava sobre a rapariga continuava a entrar<br />

e sair <strong>de</strong>la, tão concentrado no seu prazer que parecia não se dar conta<br />

do que se passava à sua volta. Sor Jorah <strong>de</strong>smontou e arrancou-o da rapariga<br />

com uma mão revestida <strong>de</strong> cota <strong>de</strong> malha. O dothraki estatelou-se na<br />

lama, saltou <strong>de</strong> faca na mão e morreu com uma seta <strong>de</strong> Aggo na garganta.<br />

Mormont puxou a rapariga da pilha <strong>de</strong> cadáveres e enrolou-a no seu manto<br />

salpicado <strong>de</strong> sangue. Levou-a até Dany.<br />

— Que quereis que façamos com ela?<br />

A rapariga estava a tremer, <strong>de</strong> olhos dilatados e vagos. O cabelo estava<br />

empastado <strong>de</strong> sangue.<br />

— Doreah, trata-lhe das feridas. Não te pareces com um cavaleiro, ela<br />

talvez não te tema. O resto, comigo. — E levou a prata através do portão<br />

quebrado <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

Dentro da vila era pior. Muitas das casas estavam em chamas, e os<br />

jaqqa rhan tinham já <strong>de</strong>sempenhado o seu macabro serviço. Cadáveres sem<br />

cabeça enchiam as ruelas estreitas e sinuosas. Passaram por outras mulheres<br />

que estavam a ser violadas. De todas as vezes Dany puxava as ré<strong>de</strong>as,<br />

mandava o seu khas pôr fim àquilo, e reclamava a vítima como escrava.<br />

Uma <strong>de</strong>las, uma mulher <strong>de</strong> quarenta anos, <strong>de</strong> corpo largo e nariz achatado,<br />

abençoou hesitantemente Dany no Idioma Comum, mas das outras obteve<br />

apenas olhares sem vida e negros. Compreen<strong>de</strong>u com tristeza que suspeitavam<br />

<strong>de</strong>la; temiam que as tivesse poupado para um <strong>de</strong>stino pior.<br />

— Não po<strong>de</strong>is reclamá-las a todas, menina — disse Sor Jorah da quarta<br />

vez que pararam, enquanto os guerreiros do seu khas reuniam as novas<br />

escravas atrás <strong>de</strong>la.<br />

— Sou khaleesi, her<strong>de</strong>ira dos Sete Reinos, do sangue do dragão — recordou-lhe<br />

Dany. — Não vos cabe a vós dizer o que eu não posso fazer.<br />

71

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!