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Untitled - Saída de Emergência

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nerys, Filha da Tormenta, khaleesi dos homens a cavalo e princesa dos Sete<br />

Reinos.<br />

O mercador <strong>de</strong> vinhos caiu <strong>de</strong> joelhos.<br />

— Princesa — disse, dobrando a cabeça.<br />

— Erguei-vos — or<strong>de</strong>nou Dany. — Ainda gostaria <strong>de</strong> provar esse vinho<br />

<strong>de</strong> Verão <strong>de</strong> que falastes.<br />

O homem pôs-se em pé e um salto.<br />

— Isso? Zurrapa <strong>de</strong> Dorne. Não é digno <strong>de</strong> uma princesa. Tenho um<br />

tinto seco da Árvore, vivo e agradável. Por favor, <strong>de</strong>ixai-me oferecer-vos um<br />

casco.<br />

As visitas <strong>de</strong> Khal Drogo às Cida<strong>de</strong>s Livres tinham-lhe <strong>de</strong>ixado o gosto<br />

por bom vinho, e Dany sabia que uma colheita tão nobre lhe agradaria.<br />

— Honrais-me, sor — murmurou docemente.<br />

— A honra é minha. — O mercador esquadrinhou as traseiras da<br />

barraca e regressou com um pequeno casco <strong>de</strong> carvalho. Via-se um cacho<br />

<strong>de</strong> uvas <strong>de</strong>senhado a fogo na ma<strong>de</strong>ira. — O símbolo dos Redwyne — disse,<br />

apontando — da Árvore. Não há bebida mais fina.<br />

— Khal Drogo e eu partilhá-la-emos. Aggo, leva isto para a liteira, por<br />

gentileza. — o ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> vinhos mostrou-se radiante quando o dothraki<br />

ergueu o casco.<br />

Dany só reparou que Sor Jorah tinha regressado quando ouviu o cavaleiro<br />

dizer:<br />

— Não. — Tinha a voz estranha, brusca. — Aggo, pousa esse casco.<br />

Aggo olhou para Dany. Ela anuiu, hesitante.<br />

— Sor Jorah, passa-se alguma coisa?<br />

— Tenho se<strong>de</strong>. Abre-o, ven<strong>de</strong>dor.<br />

O mercador franziu o sobrolho.<br />

— O vinho é para a khaleesi, não para homens da vossa laia, sor.<br />

Sor Jorah aproximou-se da barraca.<br />

— Se não o abrires, parto-o eu na tua cabeça. — Ali, na cida<strong>de</strong> sagrada,<br />

não transportava armas a não ser as mãos… mas as mãos eram o bastante,<br />

gran<strong>de</strong>s, duras e perigosas, com os nós dos <strong>de</strong>dos cobertos <strong>de</strong> ru<strong>de</strong>s<br />

pêlos escuros. O ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> vinhos hesitou um momento, e <strong>de</strong>pois pegou<br />

no martelo e arrancou o tampão do casco.<br />

— Despeja — or<strong>de</strong>nou Sor Jorah. Os quatro jovens guerreiros do khas<br />

<strong>de</strong> Dany dispuseram-se atrás <strong>de</strong>le, franzindo o sobrolho, observando com<br />

os seus olhos escuros e amendoados.<br />

— Seria um crime beber um vinho tão rico sem o <strong>de</strong>ixar respirar.<br />

— O ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> vinhos não pousara o martelo.<br />

Jhogo esten<strong>de</strong>u a mão para o chicote que trazia à cintura, mas Dany<br />

parou-o com um ligeiro toque no braço.<br />

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