29.12.2014 Views

Diretoria da EMERJ

Diretoria da EMERJ

Diretoria da EMERJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

jurisprudencial, não sendo 3ª instância a não ser em casos especiais.<br />

O art. 311-9 do Código Civil impede o abandono <strong>da</strong> causa<br />

quando se trata de deman<strong>da</strong> que verse sobre filiação, valendo isso,<br />

naturalmente, para o caso de recurso em an<strong>da</strong>mento.<br />

3.34 - Litigância de má-fé<br />

O conceito de litigância de má-fé é quase universal. Quanto<br />

ao Direito Processual Civil brasileiro fala com acerto a Enciclopédia<br />

do Advogado - Leib Soibelman: “Litigante de má-fé.<br />

(dir. prc.) É considerado como tal aquele que: a) deduzir pretensão<br />

ou defesa, cuja falta de fun<strong>da</strong>mento não possa razoavelmente<br />

desconhecer; b) altera intencionalmente a ver<strong>da</strong>de<br />

dos fatos; c) omite intencionalmente fatos essenciais ao julgamento<br />

<strong>da</strong> causa; d) usa do processo com o intuito de conseguir<br />

objetivo ilegal; e) resiste injustifica<strong>da</strong>mente ao an<strong>da</strong>mento do<br />

processo; f) procede de modo temerário em qualquer incidente<br />

ou ato do processo; g) provoca incidentes manifestamente infun<strong>da</strong>dos.<br />

V. lide temerária.(Nota do revisor - No atual Estatuto<br />

<strong>da</strong> Advocacia e <strong>da</strong> O.A.B. (Lei 8.906 de 04.07.1994), no art. 32,<br />

§ único, determina que em caso de lide temerária, o advogado<br />

será soli<strong>da</strong>riamente responsável com seu cliente, desde que coligado<br />

com este para lesar a parte contrária, o que será apurado<br />

em ação própria.).”<br />

No Processo Civil francês o entendimento é semelhante.<br />

Diz Mme Béroujon no seu Curso de Processo Civil publicado<br />

na Internet que “o direito de ação, que pode ser considerado<br />

como direito subjetivo autônomo, pode ser sancionado pelo<br />

exercício abusivo através de multas civis (o produto dessas multas<br />

civis se destina ao Tesouro Público) ou por condenações em<br />

per<strong>da</strong>s e <strong>da</strong>nos (que se destinam à parte contrária). (conforme<br />

art. 32-1 do NCPC) A Corte de Cassação aplica muitas multas civis<br />

em recursos de provimentos de cassação abusivos. Existe um<br />

outro meio indireto de sancionar as ações abusivas (art. 700 do<br />

NCPC - que permite ao juiz condenar a parte venci<strong>da</strong> a pagar à<br />

parte vencedora encargos não compreendidos entre as despesas<br />

processuais).”<br />

136<br />

Revista <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 13, nº 49, 2010

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!