29.12.2014 Views

Diretoria da EMERJ

Diretoria da EMERJ

Diretoria da EMERJ

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3.5. Acção Popular<br />

A LAP prescreve no seu artigo 19 sob a epígrafe “efeitos do<br />

caso julgado”:<br />

“1. As sentenças transita<strong>da</strong>s em julgado proferi<strong>da</strong>s em acções<br />

ou recursos administrativos ou em acções cíveis, salvo<br />

quando julga<strong>da</strong>s improcedentes por falta de provas, ou<br />

quando o julgador deva decidir por forma diversa fun<strong>da</strong>do<br />

em motivações próprias do caso concreto têm eficácia geral,<br />

não abrangendo, contudo, os titulares dos direitos ou interesses<br />

que tiverem exercido o direito de se auto-excluírem<br />

<strong>da</strong> representação.<br />

2. As decisões transita<strong>da</strong>s em julgado são publica<strong>da</strong>s a expensas<br />

<strong>da</strong> parte venci<strong>da</strong> e sob pena de desobediência, com<br />

menção do trânsito em julgado, em dois dos jornais presumivelmente<br />

lidos pelo universo dos interessados no seu<br />

conhecimento, á escolha do juiz <strong>da</strong> causa, que poderá determinar<br />

que a publicação se faça por extracto dos seus aspectos<br />

essenciais, quando a sua extensão desaconselhar a<br />

comunicação por inteiro.”<br />

A<strong>da</strong> Pellegrini Grinover 21 analisa cirurgicamente o que considera<br />

o segundo ponto sensível <strong>da</strong>s acções colectivas nos termos<br />

seguintes:<br />

“Quanto à coisa julga<strong>da</strong> - segundo ponto sensível <strong>da</strong>s ações<br />

coletivas -, a lei portuguesa adotou dois critérios:<br />

a) como regra geral, o regime <strong>da</strong> coisa julga<strong>da</strong> erga omnes,<br />

para os casos de procedência ou improcedência, salvo<br />

quando esta se der por insuficiência de provas (art. 19, 1);<br />

b) para os que tenham exercido o direito de auto-exclusão,<br />

sua indiferença à coisa julga<strong>da</strong>, seja a sentença positiva ou<br />

negativa (art. 19, 1).<br />

21<br />

In “A Ação Popular Portuguesa: Uma Análise Comparativa”, RPDC - Revista Portuguesa<br />

de Direito do Consumo, CEDC, Coimbra, ano II, n.º 5, Março de 1995, p. 12 e ss.<br />

Revista <strong>da</strong> <strong>EMERJ</strong>, v. 13, nº 49, 2010<br />

187

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!