2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
VOLUME 1<br />
das ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s dos estudantes para consolidar o que já se<br />
encontra previsto em legislação nacional e internacional sobre<br />
a educação especial.<br />
Estas consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong>monstram o <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento <strong>de</strong><br />
um pro<strong>ce</strong>sso inclusivo a<strong>de</strong>quado às diferentes ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s<br />
apresentadas pelos estudantes na contemporaneida<strong>de</strong> educacional,<br />
<strong>de</strong> maneira ampla, para todos os estudantes.<br />
4.6.6 Orientações para as salas <strong>de</strong> recursos<br />
multifuncionais<br />
As salas <strong>de</strong> recursos multifuncionais – SRM são espaços localizados<br />
nas escolas da re<strong>de</strong> municipal do ensino <strong>de</strong> Fortaleza para a realização<br />
do atendimento educacional especializado. Elas aten<strong>de</strong>m os estudantes<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada escola e aqueles <strong>de</strong> outras em uma mesma abrangência,<br />
cujas instituições escolares ainda não ofereçam o AEE. Nas SRM, os estudantes<br />
são atendidos no contraturno por professor(a) especializado(a). O<br />
atendimento é realizado por meio do estudo <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> cada estudante,<br />
e objetiva i<strong>de</strong>ntificar as potencialida<strong>de</strong>s e habilida<strong>de</strong>s, como também<br />
suas ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s funcionais, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaborar um plano <strong>de</strong><br />
atendimento que venha aten<strong>de</strong>r as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste estudante, para<br />
que ele supere as barreiras impostas pela <strong>de</strong>ficiência.<br />
É função do(a) professor(a) do AEE organizar a composição e a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> atendimentos ne<strong>ce</strong>ssários ao estudante na SRM, fazer a seleção<br />
<strong>de</strong> recursos e materiais, possibilitar a aquisição, produção ou<br />
adaptação <strong>de</strong> materiais, para que os estudantes possam apren<strong>de</strong>r segundo<br />
suas habilida<strong>de</strong>s e funcionalida<strong>de</strong>s. A permanência do estudante na<br />
SRM <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento em sala <strong>de</strong> aula e, na escola, o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do estudante é per<strong>ce</strong>bido pelos avanços obtidos, o que<br />
po<strong>de</strong>rá prolongar ou antecipar o seu <strong>de</strong>sligamento na referida sala.<br />
Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir o a<strong>ce</strong>sso ao estudante público-alvo da<br />
educação especial às escolas comuns, a SME orienta sobre matrícula antecipada<br />
para esse grupo <strong>de</strong> estudantes no ensino fundamental.<br />
Para garantir a permanência do estudante da educação especial, a<br />
escola <strong>de</strong>ve promover a a<strong>ce</strong>ssibilida<strong>de</strong> na estrutura física, construindo<br />
rampas, portas largas, banheiro adaptado, sinalizações espaciais e <strong>de</strong> comunicações<br />
(CAA, Libras, Braille, Libras táctil, tadoma, informática a<strong>ce</strong>ssível,<br />
texto ampliado, relevo e outros); adaptações nos mobiliários e no<br />
transporte, a fim <strong>de</strong> possibilitar o a<strong>ce</strong>sso do estudante com <strong>de</strong>ficiência a<br />
todas as <strong>de</strong>pendências da escola, promovendo sua autonomia.<br />
Na sala <strong>de</strong> recurso multifuncional, o material didático e pedagógico<br />
a<strong>ce</strong>ssível consta <strong>de</strong> jogos pedagógicos, brinquedos, livros em Braille,<br />
softwares educativos, plano inclinado, recursos ópticos (lupa) e <strong>de</strong> comunicação<br />
adaptados que eliminem as barreiras no pro<strong>ce</strong>sso ensino e<br />
aprendizagem, respeitando a especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada estudante incluído.<br />
A a<strong>ce</strong>ssibilida<strong>de</strong> se configura na a<strong>de</strong>quação arquitetônica ou estrutural<br />
<strong>de</strong> espaço físico reservado à instalação e funcionamento <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> recursos<br />
multifuncionais; a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> sanitários, alargamento <strong>de</strong> portas e<br />
vias <strong>de</strong> a<strong>ce</strong>sso, construção <strong>de</strong> rampas, instalação <strong>de</strong> corrimão e colocação<br />
<strong>de</strong> sinalização tátil e visual e aquisição <strong>de</strong> mobiliário a<strong>ce</strong>ssível, ca<strong>de</strong>ira<br />
<strong>de</strong> rodas, material <strong>de</strong>sportivo a<strong>ce</strong>ssível e recursos <strong>de</strong> tecnologia assistiva.<br />
As orientações aqui apresentadas visam a ofere<strong>ce</strong>r às escolas subsídios<br />
para a inclusão escolar do estudante público-alvo da educação especial.<br />
4.7 Educação <strong>de</strong> jovens e adultos<br />
A educação <strong>de</strong> jovens e adultos é uma modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>stinada<br />
àqueles(as) que por alguma razão não tiveram a<strong>ce</strong>sso à educação<br />
escolar ou que apresentam <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> em seus estudos. Objetiva<br />
<strong>de</strong>senvolver nos(as) educandos(as) o exercício da autonomia, a consciência<br />
crítica e a melhor compreensão do mundo, com vistas a sua inserção<br />
participativa nos espaços sociais nos quais está inserido(a).<br />
Possibilita ao jovem, adulto e idoso aperfeiçoarem conhecimentos<br />
adquiridos na educação não formal ao longo da vida, por meio da troca<br />
<strong>de</strong> experiências, propiciando o a<strong>ce</strong>sso a novas e múltiplas configurações<br />
do mundo do trabalho e da cultura.<br />
Os termos “jovens, adultos e idosos” indicam que, em todas as ida<strong>de</strong>s,<br />
é possível obter conhecimentos e valores que contribuam para a sua<br />
realização e o progressivo aperfeiçoamento <strong>de</strong> sua prática social.<br />
A educação <strong>de</strong> jovens e adultos como uma área <strong>de</strong> estudo específica<br />
é re<strong>ce</strong>nte, embora a sua prática tenha se iniciado no Brasil colonial,<br />
com o trabalho dos jesuítas, que buscavam a catequização das populações<br />
nativas e a faziam com base no ensino da Língua Portuguesa e das<br />
primeiras letras. Foi apenas em 1931, porém, com a reforma Francisco<br />
Campos, que se teve apresentada a ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar instrumentos<br />
<strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> dos estudos para a população adulta. Três anos <strong>de</strong>pois,<br />
na Constituição <strong>de</strong> 16 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1934, a educação <strong>de</strong> adultos passou a<br />
ser mencionada como um dos objetivos <strong>de</strong> interesse nacional. Nos anos<br />
1930, contudo, além <strong>de</strong> menções legais, nada <strong>de</strong> expressivo ocorreu<br />
para a educação <strong>de</strong> jovens e adultos. As ações mais significativas su<strong>ce</strong>-<br />
4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />
100 | PREFEITURA DE FORTALEZA 101 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO