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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

notas obtidas como resultados das verificações da aprendizagem apenas<br />

sinalizarão a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um pro<strong>ce</strong>sso e não serão vistas como fim último.<br />

Evi<strong>de</strong>ncia-se, pois, na avaliação formativa, a importância das relações<br />

dialógicas, a autoavaliação e a recuperação, quando ne<strong>ce</strong>ssária, como<br />

práticas que <strong>de</strong>vem subsidiar, cotidianamente, as ações avaliativas e <strong>de</strong><br />

(re)planejamento.<br />

As relações dialógicas visam à discussão, compreensão e aprofundamento<br />

<strong>de</strong> questões pedagógicas experienciadas por todos os segmentos<br />

da escola que, a partir <strong>de</strong>las, tomam consciência do contexto e, corresponsavelmente<br />

traçam novas estratégias <strong>de</strong> trabalho e metas a serem<br />

alcançadas. No caso <strong>de</strong> professores e estudantes, estes também avaliam<br />

constantemente suas práticas <strong>de</strong> ensino e aprendizagem na busca <strong>de</strong><br />

avanços e/ou superação <strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong>s. Para tanto, <strong>de</strong>ntre as estratégias<br />

utilizadas, salienta-se a recuperação paralela, compreen<strong>de</strong>ndo esta<br />

como imediata à ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong> apresentada.<br />

Reconhe<strong>ce</strong>ndo o valor da autoavaliação, individual e/ou grupal para<br />

a construção da autonomia dos sujeitos, sua emancipação em relação<br />

à produção do seu conhecimento e do compromisso que se estabele<strong>ce</strong><br />

diante dos objetivos a serem alcançados, tal prática <strong>de</strong>ve ser inserida e<br />

vivenciada significativamente no contexto escolar.<br />

O aspecto formativo pelo sentido, pelas características e princípios<br />

subja<strong>ce</strong>ntes a sua prática <strong>de</strong>staca-se na avaliação da aprendizagem escolar<br />

como elemento imprescindível a uma pedagogia diferenciada, on<strong>de</strong><br />

os pro<strong>ce</strong>ssos individuais e coletivos são sempre consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

seus métodos e ritmos particulares, proporcionando a verda<strong>de</strong>ira inclusão,<br />

sempre evi<strong>de</strong>nciando os pro<strong>ce</strong>ssos e não o produto.<br />

A avaliação somativa expressa o resultado da aprendizagem do estudante<br />

em momento específico, que po<strong>de</strong> ser compreendido ao final <strong>de</strong><br />

um ciclo, bimestre, semestre, etapa, ano escolar etc. O caráter somativo<br />

da avaliação tem como propósito forne<strong>ce</strong>r as informações ne<strong>ce</strong>ssárias<br />

aos registros do <strong>de</strong>sempenho do estudante ao longo <strong>de</strong> sua vida escolar,<br />

e, além <strong>de</strong> somente classificá-los, assume a função <strong>de</strong> ser um importante<br />

registro para i<strong>de</strong>ntificação do <strong>de</strong>sempenho escolar, consi<strong>de</strong>rando os tempos<br />

da organização curricular. Possui caráter e objetivos diferenciados da<br />

avaliação diagnóstica e formativa, no entanto, estabele<strong>ce</strong> uma relação<br />

dialógica entre ambas, subsidiando a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a trajetória<br />

escolar do estudante. Essa informação po<strong>de</strong>rá ser expressa <strong>de</strong> várias formas<br />

– notas, con<strong>ce</strong>itos, relatórios, portfólios, pontos – <strong>de</strong>ntre outros.<br />

No sistema público municipal, no que diz respeito ao ensino fundamental,<br />

compreen<strong>de</strong>-se que essa avaliação, que ocorre precipuamente<br />

nos espaços educativos tem como enfoque tanto o aspecto formativo<br />

pro<strong>ce</strong>ssual quanto o somativo dos resultados apresentados como registro<br />

do <strong>de</strong>sempenho dos estudantes e mediado pelos professores.<br />

A avaliação discutida neste documento <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada nos seus<br />

aspectos con<strong>ce</strong>ituais referidos anteriormente, nos marcos legais tratados<br />

a seguir, bem como nos aspectos pro<strong>ce</strong>dimentais que estão no título -<br />

Avaliação do pro<strong>ce</strong>sso ensino aprendizagem para o ensino fundamental<br />

- que serão objeto <strong>de</strong> resolução do Conselho <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação.<br />

Em referência aos marcos legais, na legislação vigente, em âmbito nacional<br />

e municipal, apontam-se alguns aspectos relevantes no que con<strong>ce</strong>rne<br />

à avaliação que fundamentam esta proposta, indicados a seguir.<br />

Em relação às dimensões da avaliação, o Conselho Nacional <strong>de</strong> Educação,<br />

pela Resolução nº 04, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2010, que <strong>de</strong>fine as<br />

Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, em seu art. 47, parágrafo<br />

2º, trata a avaliação da aprendizagem como<br />

(...) o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s, atitu<strong>de</strong>s, valores<br />

e emoções que os sujeitos do pro<strong>ce</strong>sso educativo projetam<br />

para si <strong>de</strong> modo integrado e articulado com aqueles princípios<br />

<strong>de</strong>finidos para a Educação Básica, redimensionados para cada<br />

uma <strong>de</strong> suas etapas, bem assim no projeto político pedagógico<br />

da escola. [...]<br />

Art. 52. A avaliação institucional interna <strong>de</strong>ve ser prevista<br />

no projeto político-pedagógico e <strong>de</strong>talhada no plano <strong>de</strong> gestão,<br />

realizada anualmente, levando em consi<strong>de</strong>ração as orientações<br />

contidas na regulamentação legal vigente, para rever<br />

o conjunto <strong>de</strong> objetivos e metas a serem concretizados, mediante<br />

ação dos diversos segmentos da socieda<strong>de</strong> educativa, o<br />

que pressupõe <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong> indicadores compatíveis com a<br />

missão da escola, além <strong>de</strong> clareza quanto ao que seja qualida<strong>de</strong><br />

social da aprendizagem e da escola. (imprimiu-se <strong>de</strong>staque)<br />

Institucionalmente, é importante cada sistema <strong>de</strong> ensino acompanhar<br />

e registrar o seu <strong>de</strong>sempenho amplo mediante programas avaliativos que<br />

contemplem os objetivos, metas, ações e ativida<strong>de</strong>s previamente estabelecidos<br />

com alcan<strong>ce</strong> <strong>de</strong> longo, médio e curto prazo.<br />

Como propostas <strong>de</strong> avaliação institucional, citam-se: avaliação dos<br />

programas <strong>de</strong> formação profissional (continuada, em serviço, aperfeiçoamento,<br />

à distância etc.), avaliação <strong>de</strong> cargos e carreira, avaliação da<br />

<strong>Secretaria</strong> <strong>Municipal</strong> e dos Distritos <strong>de</strong> Educação, avaliação da re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolas, da gestão escolar, e ainda a <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos estudantes ma-<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

124 | PREFEITURA DE FORTALEZA 125 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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