2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
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VOLUME 1<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, não apenas <strong>de</strong> conhecimentos, mas também <strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s,<br />
valores e práticas.<br />
As disciplinas escolares <strong>de</strong>verão ser compreendidas como áreas <strong>de</strong><br />
conhecimento, i<strong>de</strong>ntificadas pelos respectivos conteúdos estruturantes e<br />
por seus quadros teóricos con<strong>ce</strong>ituais. Essas mesmas áreas, entretanto,<br />
<strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas pressupostos para a inter ou transdisciplinarida<strong>de</strong><br />
– com base nelas, as relações inter ou transdisciplinares se estabele<strong>ce</strong>m.<br />
Compreendidas <strong>de</strong>sta forma, há, portanto, ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
redimensionamento curricular, <strong>de</strong> uma nova relação entre os conteúdos<br />
e as disciplinas, permitindo:<br />
* maior articulação entre teoria e a prática;<br />
* maior participação dos envolvidos – do<strong>ce</strong>ntes, técnicos, estudantes,<br />
famílias - na dinâmica curricular;<br />
* ensaios que instituam aulas integradas, aulas <strong>de</strong> campo, seminários,<br />
ensino e vivências complementares;<br />
* ampliação dos limites <strong>de</strong> espaço (não somente o escolar, mas também<br />
do entorno da escola e dos <strong>de</strong>mais espaços da cida<strong>de</strong>), tempo e <strong>de</strong><br />
conteúdos disciplinares, tornando-os mais coletivos, interdisciplinares e<br />
interinstitucionais; e<br />
* compreensão <strong>de</strong> que o currículo é um percurso e que exige a (re)<br />
constituição permanente; por isso, a ampla participação é fundamental –<br />
para que a avaliação também seja uma constante nesse percurso.<br />
No lugar <strong>de</strong> uma gra<strong>de</strong> curricular rígida, é importante pensar uma<br />
re<strong>de</strong> interconectada que possibilite ao estudante compor o seu percurso<br />
– isso implica con<strong>ce</strong>ber o currículo como um sistema articulado <strong>de</strong><br />
conhecimentos, habilida<strong>de</strong>s e atitu<strong>de</strong>s formativas, <strong>de</strong> maneira que o estudante<br />
efetive conhecimentos não fragmentados. Trata-se <strong>de</strong> con<strong>ce</strong>ber<br />
o estudante como um sujeito pensante e crítico como condição para<br />
o enfrentamento <strong>de</strong> questionamentos emergentes <strong>de</strong> uma cultura geral,<br />
base <strong>de</strong> uma cultura científica.<br />
No tocante à avaliação, é preciso enten<strong>de</strong>r que se avalia e se é avaliado<br />
permanentemente, <strong>de</strong>ntro e fora da escola. No ambiente escolar, o(a)<br />
professor(a) ne<strong>ce</strong>ssita <strong>de</strong> contribuições para <strong>de</strong>senvolver um trabalho em<br />
que uma avaliação sistemática, criteriosa e objetiva seja efetivamente<br />
componente essencial dos pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> ensino e <strong>de</strong> aprendizagem. Este<br />
tipo <strong>de</strong> avaliação compreen<strong>de</strong> um continuum do diagnóstico para tomada<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, realimentando o planejamento do ensino. Além do diagnóstico,<br />
<strong>de</strong>ve ter caráter formativo e cumulativo do <strong>de</strong>sempenho acadêmico<br />
do estudante, sendo um instrumento a serviço da aprendizagem.<br />
É preciso, pois, pensar a avaliação como um fenômeno que compreen<strong>de</strong><br />
ação e reflexão e ação. Assim, é possível também pensá-la como<br />
ação formativa, que promove as pessoas. Para isso, alguns <strong>de</strong>safios são<br />
apontados, sobretudo o <strong>de</strong> articular os resultados a essa avaliação formativa<br />
– na/pela escola. Medir simplesmente não é avaliar – avaliar é pensar<br />
sobre os dados. Então, é preciso mudar os rumos da avaliação se esta<br />
estiver na contramão dos direitos dos estudantes – afinal, que marcas se<br />
tenciona <strong>de</strong>ixar com a avaliação feita<br />
Para respon<strong>de</strong>r a essa pergunta, enten<strong>de</strong>ndo que os documentos são<br />
feitos com suporte na realida<strong>de</strong> da situação educacional, propõem-se<br />
três tipos <strong>de</strong> avaliação no ambiente educacional: avaliação e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
educação básica; avaliação institucional interna e externa; avaliação da<br />
aprendizagem.<br />
Em cada projeto pedagógico, a instituição escolar <strong>de</strong>ve observar atentamente<br />
as recomendações expressas em resolução específica do Conselho<br />
<strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação, para avaliação da aprendizagem, progressão,<br />
a<strong>ce</strong>leração <strong>de</strong> estudos, <strong>de</strong>ntre outros. Ela <strong>de</strong>ve também respeitar os<br />
critérios <strong>de</strong>finidos previamente.<br />
Os critérios <strong>de</strong> avaliação da aprendizagem <strong>de</strong>vem explicitar as expectativas<br />
<strong>de</strong> aprendizagem, consi<strong>de</strong>rando habilida<strong>de</strong>s e conteúdos propostos<br />
para cada área/ano. A organização lógica e interna dos conteúdos, as<br />
particularida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada momento da escolarida<strong>de</strong> e as possibilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> aprendizagem constituem elementos importantes para cada etapa do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento cognitivo, afetivo e social em <strong>de</strong>terminada situação,<br />
na qual os estudantes tenham condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do ponto<br />
<strong>de</strong> vista pessoal e social. A avaliação também <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar a lógica<br />
da inclusão, do diálogo, da conquista da autonomia, da mediação, da<br />
participação, das responsabilida<strong>de</strong>s com o coletivo.<br />
Isso significa que, além <strong>de</strong> registrar o <strong>de</strong>sempenho dos estudantes em<br />
ativida<strong>de</strong>s escritas, ações em grupo e pesquisas, o do<strong>ce</strong>nte precisa estar<br />
atento às diversas dimensões dos conteúdos, aqui <strong>de</strong>finidas em um tripé:<br />
o conhe<strong>ce</strong>r – o que inclui <strong>de</strong>finições, critérios, características, sínteses,<br />
análises, categorias, especificações e outras; o saber fazer – relacionado<br />
aos usos e práticas <strong>de</strong>finidos pela aplicabilida<strong>de</strong> dos conhecimentos e<br />
conteúdos a serem utilizados no cotidiano ou em situações a posteriori; e<br />
o saber conviver – os posicionamentos que consi<strong>de</strong>rem situações vivenciadas<br />
e assumidas com suporte nas dimensões anteriores.<br />
Igualmente importantes são a avaliação institucional interna e a avaliação<br />
<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s da educação básica. Para a primeira, é preciso observar<br />
a regulamentação vigente, prever esta avaliação no projeto político-<br />
-pedagógico e <strong>de</strong>talhá-la no plano <strong>de</strong> gestão escolar. Deve aconte<strong>ce</strong>r<br />
4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />
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