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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

Em 1996, a Prefeitura <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Fortaleza (PMF) começou a <strong>de</strong>senvolver<br />

ações voltadas para a inserção das tecnologias nas suas escolas,<br />

com o apoio do Programa Nacional <strong>de</strong> Tecnologia Educacional<br />

(PROINFO), da <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Educação à Distância (SEAD/MEC), em par<strong>ce</strong>ria<br />

com a <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE). O<br />

PROINFO, instituído pela Portaria nº 522, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1997, tem<br />

como objetivo promover o uso pedagógico da informática na re<strong>de</strong> pública<br />

<strong>de</strong> ensino fundamental e médio. O Programa propõe a distribuição<br />

<strong>de</strong> computadores, a formação <strong>de</strong> professores-multiplicadores e a criação<br />

dos núcleos <strong>de</strong> tecnologia educacional (NTE), em que os multiplicadores<br />

<strong>de</strong>vem formar professores, capacitando-os e preparando-os para o uso <strong>de</strong><br />

tecnologias na educação.<br />

Por meio <strong>de</strong>ste programa, em 1998, a PMF re<strong>ce</strong>beu 65 computadores,<br />

para implantação dos primeiros laboratórios <strong>de</strong> informática educativa<br />

(LIE), em seis unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino. Outra ação importante foi a formação<br />

<strong>de</strong> professores no Curso <strong>de</strong> Especialização em Informática Educativa, realizado<br />

em par<strong>ce</strong>ria com a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação (FACED) da Universida<strong>de</strong><br />

Fe<strong>de</strong>ral do Ceará (UFC), para, posteriormente, assumirem a função<br />

<strong>de</strong> multiplicador nos LIE.<br />

A criação do Centro <strong>de</strong> Referência do Professor (CRP), em 2000,<br />

<strong>de</strong>u início à consolidação <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> Informática Educativa no<br />

Município <strong>de</strong> Fortaleza. O CRP nas<strong>ce</strong>u <strong>de</strong> uma par<strong>ce</strong>ria entre a PMF e a<br />

UFC, por meio do Laboratório Multimeios/FACED. O NTE <strong>de</strong> Fortaleza<br />

foi instalado junto ao CRP. Até 2005, foram implantados 83 laboratórios<br />

e formados <strong>ce</strong>rca <strong>de</strong> 200 professores para atuação nos LIE. Nesse mesmo<br />

ano, a PMF implementou em sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino a política <strong>de</strong> software<br />

livre, migrando do sistema operacional Windows para o sistema Linux.<br />

Nesse período, foram realizadas ações voltadas à formação dos professores<br />

para o uso do software livre nos laboratórios.<br />

Em 2007, o MEC resolve ampliar as atribuições do PROINFO, por<br />

meio do Decreto Presi<strong>de</strong>ncial nº 6.300, <strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro daquele ano,<br />

passando a ser <strong>de</strong>nominado Programa Nacional <strong>de</strong> Tecnologia Educacional,<br />

que “(...) promoverá o uso pedagógico das tecnologias <strong>de</strong> informação<br />

e comunicação nas re<strong>de</strong>s públicas <strong>de</strong> educação básica” (BRASIL,<br />

2007). Apesar <strong>de</strong> instituir o programa, o PROINFO não apresenta diretrizes<br />

para integração das TIC no currículo escolar.<br />

Em Fortaleza, os documentos que norteiam a utilização das TIC na<br />

Educação são o Programa <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Informática Educativa (PMIE)<br />

e as Diretrizes da Informática Educativa, apesar <strong>de</strong> não se constituírem<br />

como documentos oficiais. O PMIE dissemina a con<strong>ce</strong>pção do uso das<br />

Fortaleza: SME, 2000.<br />

TIC na elaboração do conhecimento. O computador e as mídias <strong>de</strong>verão<br />

ser usados como meio e nunca como fim, consi<strong>de</strong>rando o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos componentes curriculares. Desta forma, as diretrizes do LIE<br />

<strong>de</strong>verão estar <strong>de</strong> acordo com o PMIE.<br />

4.4.2 O currículo escolar e as TIC<br />

Na socieda<strong>de</strong> do conhecimento, a integração das TIC ao currículo<br />

escolar é consi<strong>de</strong>rada um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os sistemas <strong>de</strong> ensino.<br />

Ne<strong>ce</strong>ssita-se reestruturar e ressignificar um mo<strong>de</strong>lo vigente <strong>de</strong> currículo,<br />

que organiza o conhecimento <strong>de</strong> forma fragmentada, com teores distribuídos<br />

em compartimentos, que não se articulam e se integram, per<strong>de</strong>ndo-se,<br />

assim, a compreensão integral <strong>de</strong> ser humano.<br />

A relação entre as TIC e educação é modificada ao longo do tempo.<br />

Duas gran<strong>de</strong>s abordagens, já apresentadas nessas Diretrizes, <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>radas nesta discussão: a tradicional e a interacionista. Na abordagem<br />

tradicional, compreen<strong>de</strong>m-se as TIC, numa visão puramente instrumental<br />

e <strong>de</strong> suporte ao ensino. Nessa con<strong>ce</strong>pção, a tecnologia é empregada<br />

<strong>de</strong> forma mecânica, auxiliando a exposição <strong>de</strong> conteúdos por parte<br />

do(a) professor(a) ou a realização <strong>de</strong> exercícios do lado do estudante. Essa<br />

forma <strong>de</strong> utilização baseia-se nos con<strong>ce</strong>itos <strong>de</strong> máquina <strong>de</strong> ensinar e instrução<br />

programada, conforme pressupostos skinnerianos. Dessa forma, o<br />

conteúdo a ser ensinado <strong>de</strong>ve ser subdividido em pequenos módulos sequenciais<br />

e estruturados <strong>de</strong> forma lógica, <strong>de</strong> acordo com a perspectiva<br />

pedagógica <strong>de</strong> quem planejou a elaboração do material instrucional.<br />

Na abordagem interacionista, as TIC são compreendidas como ferramentas<br />

que favore<strong>ce</strong>m os estudantes na busca do seu conhecimento, mediados<br />

pelo(a) professor(a). Além <strong>de</strong> serem um suporte ao ensino, estas<br />

tecnologias, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa abordagem, propiciam formas inovadoras <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r con<strong>ce</strong>itos científicos <strong>de</strong> maneira significativa, propiciando<br />

ao/à professor(a) e ao/à estudante simular, praticar e vivenciar as mais<br />

diversas situações <strong>de</strong> aprendizagens. O foco está na aprendizagem, não<br />

na instrução. O conhecimento não é simplesmente transmitido ao estudante<br />

<strong>de</strong> forma pronta, mas constituído por este, na medida em que<br />

entra em contato com diversas representações e faz experimentações <strong>de</strong><br />

forma simulada, levanta e testa hipóteses sobre os princípios científicos<br />

explorados. Ocorre uma transformação da lógica educacional, em que<br />

estudantes e professores assumem diferentes papéis, sujeitos que apren<strong>de</strong>m<br />

e sujeitos que ensinam, formando uma gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> colaborativa <strong>de</strong><br />

formulação do conhecimento.<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

74 | PREFEITURA DE FORTALEZA 75 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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