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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

pontos <strong>de</strong> vista sobre as diferentes manifestações da linguagem verbal e<br />

compreen<strong>de</strong>r e usar a língua como geradora <strong>de</strong> significação e integradora<br />

da organização do mundo e da própria i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, como sugerem os<br />

Parâmetros Curriculares Nacionais <strong>de</strong> Língua Portuguesa (1998)48.<br />

Nessa perspectiva, o estudante <strong>de</strong>ve ser compreendido como produtor<br />

<strong>de</strong> textos, aquele que po<strong>de</strong> ser entendido pelos textos que produz e que o<br />

constituem como ser humano; aquele que também é coautor na reconstituição<br />

dos significados dos textos lidos. A aula <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>ve contemplar o<br />

momento lúdico da leitura e a ocasião da gramática do texto. As ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver competências individuais e coletivas, orais e<br />

escritas, verbais e não verbais. O encontro do leitor com o texto não <strong>de</strong>ve<br />

ser para busca <strong>de</strong> elementos linguísticos, mas um momento importante <strong>de</strong><br />

aprendizagem da funcionalida<strong>de</strong> da língua nas diferentes situações <strong>de</strong> comunicação.<br />

Por isto, é fundamental consi<strong>de</strong>rar os elementos pragmáticos,<br />

as estratégias <strong>de</strong> textualização, os mecanismos enunciativos, o contexto<br />

<strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> produção e os aspectos composicionais do texto. Numa<br />

perspectiva da didática do ensino <strong>de</strong> leitura, a aproximação ao texto <strong>de</strong>ve<br />

aconte<strong>ce</strong>r por meio da ludicida<strong>de</strong>; mas, também, é preciso avançar para<br />

estudar os elementos linguísticos e discursivos que acionaram os sentimentos<br />

do leitor. Para isto, <strong>de</strong>ve-se planejar a aula <strong>de</strong> forma que se possa<br />

trabalhar estes elementos, consi<strong>de</strong>rando as etapas <strong>de</strong> leitura.<br />

A primeira etapa da aula <strong>de</strong> leitura proporciona um encontro do leitor<br />

com o texto, por meio do(a) professor(a), que <strong>de</strong>ve orientar e ativar os conhecimentos<br />

prévios para facilitar a leitura. A segunda etapa caracteriza-<br />

-se pela observação e antecipação. O objetivo do formador <strong>de</strong> leitores é<br />

fazer com que o estudante se familiarize com o texto. A ter<strong>ce</strong>ira etapa<br />

da aula remete ao ato <strong>de</strong> ler com um objetivo. Igualmente importante é o<br />

momento da socialização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura. Nesse instante, o leitor<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> seu ponto <strong>de</strong> vista. Nessa fase, vê-se claramente que o texto<br />

estudado passa a ser o ponto <strong>de</strong> partida para reflexão e aprofundamento.<br />

ção entre as pessoas e o tratamento da informação. Os <strong>de</strong>sdobramentos<br />

<strong>de</strong> suas aplicações e funcionalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ram origem a um mo<strong>de</strong>lo social<br />

conhecido como socieda<strong>de</strong> do conhecimento. Nela outras formas<br />

<strong>de</strong> pensar são exigidas, baseadas na compreensão <strong>de</strong> que as pessoas<br />

<strong>de</strong>vem <strong>de</strong>senvolver sua autonomia para agir e interagir na comunida<strong>de</strong>,<br />

implicando, ainda, ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong> forma colaborativa,<br />

estabele<strong>ce</strong>ndo-se uma lógica <strong>de</strong> permanente ação-reflexão em re<strong>de</strong>s e<br />

teias que se refazem in<strong>ce</strong>ssantemente.<br />

Esse contexto exige uma reflexão sobre o vínculo entre tecnologia,<br />

socieda<strong>de</strong> e educação, na perspectiva da elucidação das novas relações<br />

que estão postas e, portanto, os fundamentos sociológicos, epistemológicos<br />

e pedagógicos que orientam sobre as melhores formas <strong>de</strong> utilização<br />

das tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação (TIC).<br />

A escola, como ambiente privilegiado <strong>de</strong> aprendizagem, <strong>de</strong>ve incorporar<br />

as inovações tecnológicas e científicas <strong>de</strong> cada época para não se tornar<br />

obsoleta e incapaz <strong>de</strong> cumprir sua função social <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada.<br />

A inserção das TIC nas escolas é cada vez mais evi<strong>de</strong>nte em ativida<strong>de</strong>s<br />

administrativas e pedagógicas. Sua utilização, porém, é feita ainda para<br />

reforçar práticas tradicionais <strong>de</strong> ensino, ou como ativida<strong>de</strong>s complementares,<br />

sem relação sistemática e intrínseca com o currículo estabelecido.<br />

As TIC possibilitam ampla gama <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s, tais como: a<strong>ce</strong>sso à informação,<br />

tratamento <strong>de</strong> dados, produção multimídia e estabelecimento<br />

<strong>de</strong> diferentes formas <strong>de</strong> comunicação e colaboração entre professores e<br />

estudantes. Desse modo, as TIC <strong>de</strong>vem ser compreendidas como ferramenta<br />

<strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> natureza interdisciplinar, e, assim, po<strong>de</strong>m se<br />

constituir como elemento relevante na conquista do conhecimento e não<br />

apenas como um recurso auxiliar ao ensino.<br />

4.4.1 Histórico<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

4. 4. Inclusão digital: incorporando as tecnologias<br />

no currículo<br />

O avanço do conhecimento científico tornou possível o aparecimento<br />

<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> tecnologias, algumas voltadas para a comunica-<br />

48<br />

BRASIL. Ministério da Educação. <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Educação Básica. Parâmetros<br />

Curriculares nacionais para o Ensino Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/<br />

SEF, 1998.<br />

O Sistema <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Fortaleza iniciou sua primeira experiência<br />

com o uso das TIC em 1992, quando apresentou ao Ministério<br />

<strong>de</strong> Educação (MEC) o projeto <strong>de</strong> um laboratório <strong>de</strong> informática, como parte<br />

da proposta <strong>de</strong> implantação do Centro <strong>de</strong> Enriquecimento Curricular,<br />

instalado na Escola Dra. Francisca <strong>de</strong> Assis Canito da Frota. A proposta<br />

objetivava profissionalizar estudantes da 7ª e 8ª séries do ensino fundamental<br />

das escolas públicas municipais. Apenas em 1994, este laboratório<br />

foi implantado com cinco computadores, financiado pelo Fundo Nacional<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento da Educação (FNDE)/MEC (FORTALEZA, 2000)49.<br />

49<br />

FORTALEZA. Programa <strong>de</strong> informática educativa do sistema municipal <strong>de</strong> ensino.<br />

72 | PREFEITURA DE FORTALEZA 73 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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