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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

No intuito <strong>de</strong> percorrer caminhos que apontam para a vivência <strong>de</strong> outro<br />

paradigma ambiental, a escola, através da Educação nessa temática,<br />

po<strong>de</strong> propiciar que cada área do conhecimento enxergue as possibilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> um trabalho transversal, inter e/ou transdisciplinar com o tema<br />

Meio Ambiente, aproximando-se cada vez mais da pedagogia vivencial/<br />

experiencial e afastando-se da pedagogia exclusivamente informativa,<br />

cognitiva, realizando, assim, <strong>de</strong> modo precípuo, sua função <strong>de</strong> sistematização<br />

e disseminação do conhecimento socialmente produzido.<br />

A escola inserida na cida<strong>de</strong> precisa, ainda, se compreen<strong>de</strong>r como<br />

espaço <strong>de</strong> relações ambientais, que se qualificam e se traduzem nas suas<br />

práticas cotidianas como, por exemplo, as relações <strong>de</strong> convivialida<strong>de</strong>,<br />

controle do uso dos materiais, uso racional da água e energia, as questões<br />

relacionadas a higiene, segurança alimentar e nutricional, coleta<br />

seletiva, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

Além disso, a feitura da Educação Ambiental na escola po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve<br />

dialogar com as mais amplas propostas, campanhas e programas governamentais<br />

e não governamentais em âmbitos nacional, estadual, regional<br />

e intermunicipal, fortale<strong>ce</strong>ndo-os e sendo por eles fortalecido, reunindo<br />

reflexões e práticas marcadamente ambientalistas e educacionais,<br />

<strong>de</strong> maneira a integrar-se nas políticas públicas <strong>de</strong> meio ambiente e áreas<br />

afins, como saú<strong>de</strong>, saneamento, esporte e lazer, cultura, turismo, controle<br />

urbano, habitação, transporte e energia, <strong>de</strong>ntre outras.<br />

Na busca <strong>de</strong> dar corporeida<strong>de</strong> a essas intenções e estimular o movimento<br />

<strong>de</strong> realizá- las, a Educação Ambiental <strong>de</strong>ve ser compreendida também como:<br />

(...) pro<strong>ce</strong>sso que consiste em propiciar às pessoas uma compreensão<br />

crítica e global do ambiente, para elucidar valores e<br />

<strong>de</strong>senvolver atitu<strong>de</strong>s que lhes permitam adotar uma posição<br />

consciente e participativa a respeito das questões relacionadas<br />

com a conservação e a<strong>de</strong>quada utilização dos recursos naturais,<br />

para a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e a eliminação da<br />

pobreza extrema e do consumismo <strong>de</strong>senfreado. A Educação<br />

Ambiental visa à construção <strong>de</strong> relações sociais, econômicas<br />

e culturais capazes <strong>de</strong> respeitar e incorporar as diferenças,<br />

(minorias étnicas, populações tradicionais), a perspectiva da<br />

mulher, e a liberda<strong>de</strong> para <strong>de</strong>cidir caminhos alternativos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento sustentável respeitando os limites dos ecossistemas,<br />

substrato <strong>de</strong> nossa própria possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência<br />

como espécie. (MEDINA, 1998, p.18) 54 .<br />

54<br />

MEDINA, N. M. As cida<strong>de</strong>s como <strong>ce</strong>ntro <strong>de</strong> convivência e <strong>de</strong> construção das<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s éticas. Educação ambiental em <strong>ce</strong>ntros urbanos: a problemática da<br />

Com pauta nos con<strong>ce</strong>itos e i<strong>de</strong>ias apresentadas, a Educação Ambiental<br />

nas escolas municipais <strong>de</strong> Fortaleza referencia-se ao longo do seu<br />

estabelecimento em três eixos <strong>de</strong> sustentação: o fortalecimento da relação<br />

entre teoria e prática, na perspectiva da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> conteúdos<br />

curriculares para subsidiar propostas pedagógicas significativas para a<br />

escola; formação continuada <strong>de</strong> profissionais <strong>de</strong> educação e estudantes,<br />

baseada nas dimensões global e local; na sustentabilida<strong>de</strong>, enten<strong>de</strong>ndo<br />

a escola como dimensão educativa ampla, referencial na perspectiva da<br />

cida<strong>de</strong> educadora.<br />

A educação, bem como a escola, não se representam em si mesmas,<br />

mas se constituem em seus segmentos, <strong>de</strong> tal forma que todas as intenções<br />

e ações planejadas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da participação <strong>de</strong> cada um na<br />

conquista coletiva para realizarem a Educação Ambiental como eixo referencial<br />

do currículo.<br />

Assume-se, então, nas Diretrizes Curriculares do Município <strong>de</strong> Fortaleza,<br />

a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que a Educação Ambiental como eixo referencial ultrapassa<br />

a perspectiva <strong>de</strong> tema transversal no currículo e se amplia para<br />

integrar na mesma dimensão o cidadão, a escola e a cida<strong>de</strong>.<br />

Nesse âmbito, em consonância com os fundamentos ora referidos,<br />

evi<strong>de</strong>ncia-se o pensamento <strong>de</strong> Loureiro (2004, p. 73)55:<br />

Em síntese, po<strong>de</strong>mos afirmar que o objetivo primordial<br />

da Educação Ambiental é revolucionar os indivíduos em<br />

suas subjetivida<strong>de</strong>s e práticas nas estruturas sociais-naturais<br />

existentes. Ou seja, estabele<strong>ce</strong>r pro<strong>ce</strong>ssos educativos que favoreçam<br />

a realização do movimento <strong>de</strong> constante construção<br />

do nosso ser na dinâmica da vida como um todo e <strong>de</strong><br />

modo emancipado. Em termos concretos, isso significa atuar<br />

criticamente na superação das relações sociais vigentes, na<br />

conformação <strong>de</strong> uma ética que possa se afirmar como “ecológica”<br />

e na objetivação <strong>de</strong> um patamar societário que seja<br />

a expressão <strong>de</strong> ruptura com os padrões dominadores que caracterizam<br />

a contemporaneida<strong>de</strong>.<br />

Assim posto, privilegiar somente um dos aspectos que<br />

formam a nossa espécie ou separar o social do ecológico e o<br />

todo das partes é reducionismo, o que pouco contribui para<br />

uma visão educacional integradora e complexa do mundo.<br />

(LOUREIRO, 2004, p. 73).<br />

incorporação <strong>de</strong> valores éticos. Florianópolis: mimeografado, 1998.<br />

55<br />

LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e fundamentos da Educação Ambiental. São Paulo:<br />

Cortez, 2004.<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

82 | PREFEITURA DE FORTALEZA 83 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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