2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
2 - Secretaria Municipal de Educação - ce
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
VOLUME 1<br />
psicogênese da leitura e da escrita, tendo como foco o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
contínuo, afetivo e psicomotor do estudante.<br />
Para o <strong>de</strong>senvolvimento da prática pedagógica, foi ofertada aos professores<br />
formação continuada em oficinas e palestras para aprofundamento<br />
na área específica da educação especial. Para uma prática do<strong>ce</strong>nte<br />
efetiva, o Serviço <strong>de</strong> Educação Especial do Departamento <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Curricular – DDC realizava acompanhamentos sistemáticos às<br />
escolas, com o objetivo <strong>de</strong> orientar os professores que atuavam nas salas<br />
<strong>de</strong> apoio, bem como para aqueles que trabalhavam nas salas <strong>de</strong> aula<br />
com estudantes com <strong>de</strong>ficiência e/ou dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
Em 1994, com a publicação do documento da Política Nacional <strong>de</strong><br />
Educação Especial, o Município intensificou a discussão sobre o atendimento<br />
ao estudante com <strong>de</strong>ficiência na escola regular. Nesse período, iniciou-se<br />
a orientação a<strong>ce</strong>rca do pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> integração nas escolas regulares.<br />
Essas orientações provocaram o surgimento <strong>de</strong> uma con<strong>ce</strong>pção sobre<br />
o atendimento escolar a essas pessoas, favore<strong>ce</strong>ndo a ampliação das SAPs<br />
e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> essa sala aten<strong>de</strong>r os estudantes com <strong>de</strong>ficiência, com<br />
a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> colaborar com a inclusão escolar <strong>de</strong>sse alunado.<br />
Nos anos 1990, foram intensas as discussões sobre a integração do<br />
estudante à escola comum. Nesse período, vários documentos internacionais<br />
e nacionais questionavam o mo<strong>de</strong>lo integrador e proclamavam<br />
a inclusão <strong>de</strong> modo irrestrito. Com a disseminação do movimento <strong>de</strong> inclusão,<br />
o sistema <strong>de</strong> ensino municipal passou a matricular maior número<br />
<strong>de</strong> estudantes com <strong>de</strong>ficiência, sendo ne<strong>ce</strong>ssário rever sua organização<br />
escolar. Essa revisão consolidou-se após as orientações das Diretrizes<br />
para a Educação Especial na Educação Básica, <strong>de</strong> acordo com a Resolução<br />
CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, que orienta:<br />
Os sistemas <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>vem matricular todos os alunos,<br />
cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos<br />
educandos com ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s educacionais especiais, assegurando<br />
as condições ne<strong>ce</strong>ssárias para uma educação <strong>de</strong><br />
qualida<strong>de</strong> para todos. (BRASIL, 2001).<br />
No período <strong>de</strong> 2000 a 2006, o Projeto Educar na Diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvido<br />
em países do MERCOSUL (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai<br />
e Uruguai) em par<strong>ce</strong>ria com o MEC/SEESP escolheu Fortaleza como um<br />
dos municípios polo do Estado do Ceará para implantar o Projeto Educar<br />
na Diversida<strong>de</strong>. Mencionado projeto objetivava disseminar a política<br />
<strong>de</strong> inclusão em 20 municípios <strong>de</strong> abrangência fomentando discussões e<br />
ações em torno do pro<strong>ce</strong>sso inclusivo.<br />
Em 2005, a <strong>Secretaria</strong> <strong>de</strong> Educação do Estado do Ceará e a <strong>Secretaria</strong><br />
<strong>de</strong> Educação do Município <strong>de</strong> Fortaleza indicaram três escolas pilotos<br />
para implantação do referido projeto, objetivando <strong>de</strong>senvolver pro<strong>ce</strong>ssos<br />
e materiais <strong>de</strong> formação, que aten<strong>de</strong>ssem a diversida<strong>de</strong> nas escolas<br />
regulares. As escolas indicadas para o projeto re<strong>ce</strong>beram material <strong>de</strong> formação<br />
disponibilizado pela SEESP/MEC, tendo apoio técnico dos profissionais<br />
responsáveis por sua operacionalização.<br />
Após aprofundamento teórico, foram organizados encontros com técnicos<br />
da SEDUC, SEDAS e SERs e escolas-piloto contempladas pelo projeto,<br />
com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orientar e apresentar referido projeto, bem como orientar<br />
oficinas pedagógicas que seriam realizadas nas escolas escolhidas: EMEIF<br />
Sobreira <strong>de</strong> Amorim - SER III, EMEIF Belarmina Campos - SER II e EMEIF<br />
Anísio Teixeira - SER VI. Essas ações permitiram a estruturação prévia das<br />
oficinas pedagógicas para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto em 2006.<br />
No ano <strong>de</strong> 2006, a <strong>Secretaria</strong> <strong>Municipal</strong> <strong>de</strong> Educação – SME recomendou<br />
a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um calendário específico para matricula <strong>de</strong> estudantes<br />
com <strong>de</strong>ficiência. Essa orientação ocasionou <strong>de</strong>manda significativa<br />
<strong>de</strong> estudantes, provocando ações <strong>de</strong> reorganização da re<strong>de</strong> com o<br />
propósito <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar os prédios escolares e ainda ofere<strong>ce</strong>r atendimento<br />
pedagógico <strong>de</strong> acordo com as ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s dos estudantes. Nesse período,<br />
foram intensas as ações <strong>de</strong> formação dos professores das SAPs e salas<br />
<strong>de</strong> aula comum, com o objetivo <strong>de</strong> garantir o a<strong>ce</strong>sso e a permanência do<br />
estudante com <strong>de</strong>ficiência na sala comum.<br />
Des<strong>de</strong> 2007, o Município <strong>de</strong> Fortaleza realiza estudos e formação<br />
em atendimento educacional especializado – AEE, com o objetivo <strong>de</strong><br />
fortale<strong>ce</strong>r a prática do<strong>ce</strong>nte dos professores das SAPs. Essas ações visam a<br />
aten<strong>de</strong>r as exigências quanto à formação específica do(a) professor(a) da<br />
educação especial, sendo estas expressas na Política Nacional <strong>de</strong> Educação<br />
Especial – PNEE (2008), numa perspectiva da educação inclusiva.<br />
A atual Política Nacional <strong>de</strong> Educação Especial orienta os sistemas <strong>de</strong><br />
ensino a ofere<strong>ce</strong>r o atendimento educacional especializado (AEE) para<br />
os estudantes com <strong>de</strong>ficiência, transtornos globais do <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
altas habilida<strong>de</strong>s/superdotação, <strong>de</strong> modo complementar ou suplementar<br />
ao ensino comum.<br />
Conforme a proposta inclusiva o AEE tem como finalida<strong>de</strong>:<br />
Ser um serviço da Educação Especial que: i<strong>de</strong>ntifica, elabora<br />
e organiza recursos pedagógicos e <strong>de</strong> a<strong>ce</strong>ssibilida<strong>de</strong> que<br />
eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,<br />
consi<strong>de</strong>rando as suas ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s específicas. As ativida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>senvolvidas no atendimento educacional especializado<br />
4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />
90 | PREFEITURA DE FORTALEZA 91 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO