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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

com as diversas áreas do conhecimento, saberes acadêmicos, saberes<br />

cotidianos e populares. Para o atendimento em tempo integral, a proposição<br />

é que cada escola elabore coletivamente o plano <strong>de</strong> atendimento<br />

em consonância com o seu projeto político-pedagógico – PPP, prevendo<br />

o quantitativo <strong>de</strong> estudantes que serão atendidos, a partir <strong>de</strong> sua realida<strong>de</strong><br />

– interna e externa, mediante a organização <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong> aprendizagem<br />

e seleção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interesse dos estudantes. Este atendimento<br />

<strong>de</strong>verá ser ampliado progressivamente até a sua universalização.<br />

4.9 A avaliação, suas múltiplas funções e interrelações<br />

com o ato educativo<br />

No campo educacional brasileiro, a avaliação é objeto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

discussões e entendimentos diversos pelos agentes envolvidos nos pro<strong>ce</strong>ssos<br />

avaliativos que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as instâncias institucionais fe<strong>de</strong>ral, estaduais,<br />

e municipais que a regulamentam até a comunida<strong>de</strong> escolar que<br />

a interpreta e vivencia.<br />

Avaliar é uma conquista humana que se esten<strong>de</strong> do campo científico<br />

às práticas cotidianas. Além <strong>de</strong> um pro<strong>ce</strong>dimento técnico, a avaliação<br />

inclui questões subja<strong>ce</strong>ntes ao seu fazer, tais como: as crenças, posições<br />

i<strong>de</strong>ológicas, culturais, sociais e políticas que <strong>de</strong>terminam as escolhas,<br />

opções e critérios para sua realização.<br />

Neste âmbito, avaliar implica um pro<strong>ce</strong>sso complexo <strong>de</strong> relações e<br />

inter-relações que consi<strong>de</strong>ra significativamente a parte e o todo numa<br />

relação dialógica entre as teorias e as práticas.<br />

Dessa forma, algumas questões se expressam como norteadoras para<br />

a compreensão e a <strong>de</strong>finição do contexto on<strong>de</strong> se pro<strong>ce</strong>ssa a avaliação,<br />

dando- lhe, assim, significados e finalida<strong>de</strong>s, quais sejam: Quem avalia;<br />

Por que avalia; Para que avalia; Quais aspectos da realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem<br />

ser avaliados; Em que critérios a avaliação está embasada; Quais instrumentos<br />

<strong>de</strong>vem ser utilizados; Quais os tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões tomadas a<br />

partir dos resultados da avaliação<br />

O ato <strong>de</strong> avaliar tem um significado muito profundo, à medida que<br />

enseja a todos os envolvidos no pro<strong>ce</strong>sso educativo momentos <strong>de</strong> reflexão<br />

sobre a própria prática e as aprendizagens realizadas. Faz-se ne<strong>ce</strong>ssário,<br />

então, redimensionar a prática <strong>de</strong> avaliação no contexto escolar.<br />

Então, não só o estudante, mas também o(a) professor(a) e todos os envolvidos<br />

na prática pedagógica po<strong>de</strong>m, por meio <strong>de</strong>la, refletir sobre a<br />

própria evolução na conquista do conhecimento.<br />

Pensar e fazer o ato avaliativo numa dimensão ampla que envolva as<br />

condições sociais, humanas e ambientais requer dos educadores, família,<br />

comunida<strong>de</strong> e socieda<strong>de</strong> uma postura reflexiva, interativa e dialógica,<br />

consi<strong>de</strong>rando o espaço e tempo do cotidiano escolar.<br />

Buscando uma nova configuração para a avaliação da aprendizagem<br />

no âmbito escolar, exige-se por parte dos envolvidos a tomada <strong>de</strong> consciência<br />

sobre a distinção entre os atos <strong>de</strong> examinar a aprendizagem e<br />

pro<strong>ce</strong>ssos <strong>de</strong> avaliação.<br />

Luckesi (2005) 80 aponta que ainda é muito enfático nas ações cotidianas<br />

da escola o ato <strong>de</strong> examinar, com foco no <strong>de</strong>sempenho final e<br />

na classificação do estudante em uma escala, acarretando, consequentemente,<br />

a exclusão temporária e/ou <strong>de</strong>finitiva dos que não alcançam o<br />

resultado esperado.<br />

Enten<strong>de</strong>ndo a avaliação num enfoque pro<strong>ce</strong>ssual e como ferramenta<br />

básica que integra o currículo escolar, esta assume aspectos que, ne<strong>ce</strong>ssariamente<br />

compreendidos, terá como motivação <strong>de</strong> forma predominante<br />

um resultado que têm objetivos e metas a serem alcançadas su<strong>ce</strong>ssivamente.<br />

Sendo assim, diferentemente da realização apenas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

avaliativas (provas orais e escritas, exames, testes, <strong>de</strong>ntre outros) o pro<strong>ce</strong>sso<br />

<strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong>ve assumir <strong>de</strong> forma indissociável o caráter diagnóstico,<br />

formativo e somativo, que a caracteriza.<br />

O caráter diagnóstico da avaliação vai qualificar o contexto, características<br />

e nível on<strong>de</strong> se encontra o estudante em qualquer momento do<br />

seu percurso, a fim <strong>de</strong> subsidiar algumas sequências <strong>de</strong> trabalho e estratégias<br />

<strong>de</strong> ação bem mais adaptadas às suas ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>s, prerrequisitos<br />

e interesses. Os resultados obtidos dos diagnósticos nortearão todo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do ensino, nas diversas áreas, componentes da proposta<br />

pedagógica da escola.<br />

A avaliação formativa apresenta-se como orientadora e reorientadora<br />

do pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> elaboração do conhecimento, exigindo dos professores<br />

e estudantes a criação <strong>de</strong> uma relação dialógica entre o ensinar e o<br />

apren<strong>de</strong>r, pois sinalizará para ambos o nível <strong>de</strong> aprendizagem atual e as<br />

perspectivas <strong>de</strong> avanço. Tem, portanto, como foco o pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> aprendizagem<br />

e a construção da autonomia por parte do estudante. Nesse sentido,<br />

é preciso que o estudante seja informado dos conteúdos que <strong>de</strong>verá<br />

apren<strong>de</strong>r e dos objetivos que precisará alcançar, assim como os critérios<br />

que serão adotados para verificar e analisar seus avanços <strong>de</strong> aprendizagem.<br />

Professores e estudantes enten<strong>de</strong>m, assim, que a avaliação é essencial<br />

para dar continuida<strong>de</strong> aos percursos do ensino e da aprendizagem. As<br />

80<br />

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e<br />

proposições. São Paulo: Cortez, 2005.<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

122 | PREFEITURA DE FORTALEZA 123 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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