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2 - Secretaria Municipal de Educação - ce

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VOLUME 1<br />

munida<strong>de</strong>, enfim, as escolhas pedagógicas <strong>de</strong>vem ser balizadas pela<br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do grupo com o qual se relaciona.<br />

O trabalho com os gêneros textuais se revela como um terreno fértil<br />

para a mobilização <strong>de</strong>ssas ações. Ao tomar os estudos dos gêneros como<br />

objeto <strong>de</strong> pauta, haverá variáveis que, inevitavelmente, <strong>de</strong>verão ser abordadas<br />

(quem fala, para quem fala, por que fala, on<strong>de</strong> fala, o que fala etc.),<br />

as quais subsidiarão a análise da linguagem sob as diferentes dimensões.<br />

Vale ressaltar, ainda, que, para a proposta educacional se efetivar em<br />

uma aprendizagem significativa e a<strong>de</strong>quada, o(a) professor(a) <strong>de</strong>ve recorrer<br />

aos parâmetros pedagógicos oferecidos. Esses parâmetros, portanto,<br />

são <strong>de</strong>preendidos <strong>de</strong> livros didáticos, <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação, conversas<br />

com os seus pares, instrumentos avaliativos e outros. Com base nisso,<br />

ele(a) verá a conveniência <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quá-los à realida<strong>de</strong> da sala <strong>de</strong> aula,<br />

julgando pela sua pertinência à <strong>de</strong>manda dos estudantes.<br />

Para efetivar as condições <strong>de</strong> alfabetização e letramento, torna-se ne<strong>ce</strong>ssário,<br />

então, possibilitar uma infraestrutura que facilite a atuação dos<br />

profissionais envolvidos, mantendo uma equipe <strong>de</strong> trabalho que assegure<br />

o intercâmbio <strong>de</strong> conhecimentos e i<strong>de</strong>ias, propiciando a reflexão das práticas<br />

do<strong>ce</strong>ntes. Ao mesmo tempo, cumpre garantir recursos didáticos para<br />

a satisfação dos objetivos educacionais, promoção <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> formação<br />

<strong>de</strong> maneira contínua e implantar um pro<strong>ce</strong>sso <strong>de</strong> lotação <strong>de</strong> do<strong>ce</strong>ntes<br />

com perfil alfabetizador, ofere<strong>ce</strong>ndo-lhes acompanhamento pedagógico e<br />

valorização profissional. Essas são algumas medidas imprescindíveis para<br />

aqueles que tencionam uma melhoria no ensino fundamental.<br />

4.3 Formação <strong>de</strong> leitores<br />

A leitura é uma reconstituição <strong>de</strong> sentidos complexa que envolve<br />

um contexto socio-historicamente situado. Pensar em leitura é refletir<br />

em pluralida<strong>de</strong>, heterogeneida<strong>de</strong>, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista as particularida<strong>de</strong>s<br />

que envolvem este pro<strong>ce</strong>sso porque cada leitor tem sua história, sua<br />

trajetória e objetivos.<br />

A prática <strong>de</strong> leitura aconte<strong>ce</strong> na escola e fora <strong>de</strong>la. É na escola, porém,<br />

que a leitura se realiza como objeto <strong>de</strong> estudo; é nela também que<br />

a leitura <strong>de</strong>veria se efetivar como objeto <strong>de</strong> prazer. Na escola, lê-se para<br />

interagir, pelo prazer <strong>de</strong> conhe<strong>ce</strong>r textos orais/escritos, verbais/não verbais,<br />

literários/não literários. Nela, lê-se para apren<strong>de</strong>r, conhe<strong>ce</strong>r informações,<br />

fazer algo, para interagir <strong>de</strong> maneiras diversas. Lê-se em silêncio<br />

e em voz alta, em e para todas as disciplinas. O que se precisa é se conscientizar<br />

da funcionalida<strong>de</strong> da leitura para o <strong>de</strong>senvolvimento como um<br />

leitor-cidadão crítico. É ne<strong>ce</strong>ssário saber relacionar a leitura ao projeto<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, projeto <strong>de</strong> formação, para que ela não continue distante.<br />

Impõe-se repensar a escola como um espaço do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da cultura <strong>de</strong> ler.<br />

4.3.1 A escola: um espaço para divulgação<br />

e realização <strong>de</strong> projetos que envolvem a cultura <strong>de</strong> ler<br />

Na divulgação e realização <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> leitura, a escola <strong>de</strong>ve assumir<br />

o seu maior papel, que é formar cidadãos reflexivos, capazes <strong>de</strong><br />

ler criticamente a socieda<strong>de</strong> da qual participam, posicionando-se diante<br />

das situações cotidianas, e investir numa política <strong>de</strong> ensino que dê maior<br />

visibilida<strong>de</strong> à cultura da leitura.<br />

Por esta razão, é preciso re<strong>de</strong>finir o papel da sala <strong>de</strong> aula, da biblioteca,<br />

da rádio escolar, dos murais, dos jornais e outros espaços da escola,<br />

pois todos eles representam o compromisso da escola com a socieda<strong>de</strong>.<br />

É preciso que a escola entenda a leitura e a produção <strong>de</strong> textos como<br />

ativida<strong>de</strong>s básicas na interação humana, pois é na e pela linguagem que<br />

há comunicação, lendo-se e produzindo-se textos em forma <strong>de</strong> gêneros,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do propósito comunicacional. Pelo fato <strong>de</strong>, justamente, ter<br />

este perfil é que essas ativida<strong>de</strong>s transitam em todas as áreas <strong>de</strong> conhecimentos,<br />

ampliando o direito <strong>de</strong> investir na formação <strong>de</strong> leitores, normalmente<br />

<strong>de</strong>legado ao(à) professor(a) <strong>de</strong> Língua Portuguesa, para todos os<br />

<strong>de</strong>mais professores, para a equipe gestora e para os pais.<br />

É importante ressaltar que, no âmbito em que a leitura é uma base, os<br />

professores têm papel relevante, porque, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das disciplinas<br />

que lecionem, <strong>de</strong>vem contribuir para a formação <strong>de</strong> leitores. Então,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primeiros anos, <strong>de</strong>ve-se <strong>de</strong>spertar o aprendiz, criança, jovens<br />

e adultos para a <strong>de</strong>scoberta dos mais variados tipos <strong>de</strong> textos. Dessa<br />

forma, o projeto <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong>ve objetivar o estímulo ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da capacida<strong>de</strong> do leitor, favore<strong>ce</strong>ndo sua inserção no mundo letrado.<br />

Para que o estudante adquira o conhecimento específico <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada<br />

disciplina, a fim <strong>de</strong> que ele leia os diferentes gêneros que fazem parte do seu<br />

cotidiano e dos diversos conteúdos/das diversificadas áreas, por prazer ou<br />

por ne<strong>ce</strong>ssida<strong>de</strong>, é importante que ele domine as estratégias <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> textos, pois estes possuem composições diferentes, objetivos e<br />

intenções variadas. Portanto, na ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas competências e<br />

habilida<strong>de</strong>s para agir no discurso <strong>de</strong> maneira significativa, é papel <strong>de</strong> cada<br />

professor(a) mediar ações nas salas <strong>de</strong> aula que favoreçam as competências<br />

e habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura e escrita, para que a aprendizagem seja satisfatória.<br />

4. EIXOS REFERENCIAIS DO CURRÍCULO<br />

62 | PREFEITURA DE FORTALEZA 63 | SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

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