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livro de recursos da oms sobre saúde mental, direitos ... - RUIG-GIAN

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estudos epi<strong>de</strong>miológicos e sociológicos e em pesquisa em colaboração que envolva<br />

outras disciplinas ou diversos centros <strong>de</strong> investigação.<br />

DIRETRIZES RELATIVAS A SITUAÇÕES ESPECÍFICAS<br />

O Comitê <strong>de</strong> Ética <strong>da</strong> Associação Psiquiátrica Mundial reconhece a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver uma série <strong>de</strong> diretrizes específicas para diversas situações específicas. As<br />

primeiras cinco foram aprova<strong>da</strong>s pela Assembléia Geral em Madri, Espanha, em 25 <strong>de</strong><br />

agosto <strong>de</strong> 1996 e as últimas três pela Assembléia Geral em Hamburgo, Alemanha, em 8<br />

<strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1999.<br />

1. Eutanásia: O primeiro e principal <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> um médico é a promoção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, a<br />

redução do sofrimento e a proteção <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. O psiquiatra, entre cujos pacientes se<br />

encontram alguns gravemente incapacitados e incompetentes para chegar a uma <strong>de</strong>cisão<br />

informa<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ve ser particularmente cauteloso com ações que po<strong>de</strong>riam levar à morte<br />

<strong>da</strong>queles que não po<strong>de</strong>m se proteger <strong>de</strong>vido a sua <strong>de</strong>ficiência. O psiquiatra precisa estar<br />

atento ao fato <strong>de</strong> que as opiniões <strong>de</strong> um paciente po<strong>de</strong>m ser distorci<strong>da</strong>s por doenças<br />

mentais como a <strong>de</strong>pressão. Em tais situações, o papel do psiquiatra é tratar a doença.<br />

2. Tortura: O psiquiatra não <strong>de</strong>ve participar em nenhum processo <strong>de</strong> tortura <strong>mental</strong> ou<br />

física, mesmo quando autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s tentarem forçar seu envolvimento em tais atos.<br />

3. Pena <strong>de</strong> Morte: Sob nenhuma circunstância o psiquiatra <strong>de</strong>ve participar em execuções<br />

legalmente autoriza<strong>da</strong>s nem em avaliações <strong>de</strong> competência para ser executado.<br />

4. Escolha do Sexo: Sob nenhuma circunstância o psiquiatra <strong>de</strong>ve participar em <strong>de</strong>cisões<br />

<strong>de</strong> interrupção <strong>da</strong> gravi<strong>de</strong>z com o propósito <strong>de</strong> escolha do sexo.<br />

5. Transplante <strong>de</strong> Órgãos: O papel do psiquiatra é esclarecer as questões em torno <strong>da</strong>s<br />

doações <strong>de</strong> órgãos e aconselhar <strong>sobre</strong> os fatores religiosos, culturais, sociais e familiares<br />

para garantir que <strong>de</strong>cisões informa<strong>da</strong>s e corretas possam ser toma<strong>da</strong>s por todos os<br />

envolvidos. O psiquiatra não <strong>de</strong>ve atuar como procurador dos pacientes na toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisões nem utilizar habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s psicoterapêuticas para influenciar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> um<br />

paciente nessas questões. Os psiquiatras <strong>de</strong>vem buscar proteger seus pacientes e ajudá-los<br />

a praticar a auto<strong>de</strong>terminação no maior grau possível em situações <strong>de</strong> transplante <strong>de</strong><br />

órgãos.<br />

6. Relação dos Psiquiatras com a Mídia: A mídia <strong>de</strong>sempenha um papel chave na<br />

conformação <strong>da</strong>s percepções e atitu<strong>de</strong>s <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Em todos os contatos com a mídia os psiquiatras <strong>de</strong>vem garantir que as pessoas com<br />

doenças mentais sejam apresenta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> modo a preservar sua digni<strong>da</strong><strong>de</strong> e privaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

reduzir o estigma e a discriminação contra elas. Um papel importante dos psiquiatras é<br />

advogar em favor <strong>da</strong>s pessoas que sofrem <strong>de</strong> transtornos mentais. Uma vez que a<br />

percepção do público quanto aos psiquiatras e à psiquiatria repercute <strong>sobre</strong> os pacientes,<br />

os psiquiatras <strong>de</strong>vem assegurar que, em seus contatos com a mídia, representem com<br />

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