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O Carinhoso de Cyro Pereira: Arranjo ou Composição? - ECA-USP

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asileira: história, fontes e perspectivas <strong>de</strong> análise, que ajudaram a ampliar nossavisão sobre Pixinguinha e seu pioneirismo na história do arranjo no Rádio e nasgravações fonográficas. Também visitamos obras referenciais como Arnold Schoemberg(1991) e seu Fundamentos da Composição Musical; Joaquín Zamacois (1985) e seuCurso <strong>de</strong> formas musicales, além do New Grove Dictionary of Music (1994), sempre àprocura <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições parametrizantes para os diversos conceitos estudados.O texto está organizado em três capítulos. No primeiro, apresentamos a trajetóriapessoal e profissional <strong>de</strong> <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>, indicando <strong>de</strong> forma particular sua formaçãomusical nas décadas <strong>de</strong> 1930 e 1940, e suas principais referências sonoras. No segundocapítulo, refletimos sobre diversos conceitos e formas musicais, passando pelas<strong>de</strong>finições <strong>de</strong> termos como arranjo, fantasia, variações e “borrowing”. O terceirocapítulo foi reservado para uma análise <strong>de</strong> <strong>Carinhoso</strong> <strong>de</strong> Pixinguinha, seguida pelaelaboração <strong>de</strong> <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong> para o mesmo <strong>Carinhoso</strong>, num exercício <strong>de</strong> comparaçãoentre ambas com o objetivo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar suas convergências e divergências. A peça <strong>de</strong><strong>Pereira</strong> recebeu um tratamento mais minucioso, com a análise <strong>de</strong> seu conteúdo divididoem quatro etapas. Dirigimos nossa atenção para a forma e <strong>de</strong>pois para os procedimentosharmônicos; em seguida, foi a vez <strong>de</strong> percebermos suas manipulações melódicas e acriação <strong>de</strong> contracantos 2 e, finalmente, nos voltamos para as texturas orquestrais.Com esta abordagem analítica julgamos ter elementos suficientes para umaconclusão sustentada, po<strong>de</strong>ndo assim respon<strong>de</strong>r a nossa questão principal: o <strong>Carinhoso</strong><strong>de</strong> <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong> é arranjo <strong>ou</strong> composição?Nos anexos, apresentamos algumas entrevistas realizadas com <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>, nasquais po<strong>de</strong> ser acompanhada sua visão sobre diversos tópicos, tanto pessoais comoprofissionais, além <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vistas particulares sobre assuntos musicais variados.Também está à disposição a digitalização da peça <strong>Carinhoso</strong> <strong>de</strong> <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>.2 Escolhemos „contracanto‟ ao invés <strong>de</strong> „contraponto‟, <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> parâmetros rigidamente<strong>de</strong>finidos que o primeiro termo carrega, permitindo que, em nossa análise <strong>de</strong> <strong>Carinhoso</strong> <strong>de</strong> <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>,sejam incluídas tanto as linhas melódicas secundárias como aquelas com função <strong>de</strong> acompanhamentoharmônico. Pensamos que o conceito <strong>de</strong> „contraponto‟ suporia uma série <strong>de</strong> procedimentos e regras bem<strong>de</strong>marcados, que não se coadunam com a liberda<strong>de</strong> dos tratamentos utilizados pelo maestro.10

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