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O Carinhoso de Cyro Pereira: Arranjo ou Composição? - ECA-USP

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Anexo I – Entrevista com <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>Colocaremos aqui uma montagem dos diversos encontros realizados com <strong>Cyro</strong><strong>Pereira</strong>, todos eles gravados. As entrevistas foram realizadas entre 17 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2008e 17 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2009. A intenção é aglutinar o texto em tópicos, pois as conversascom <strong>Cyro</strong> sempre abordavam diversos assuntos. O texto está editado para melhorar afluência <strong>de</strong> leitura.Eu est<strong>ou</strong> conversando com o <strong>Cyro</strong> sobre quem é o <strong>Cyro</strong> <strong>Pereira</strong>.Eu s<strong>ou</strong> eu.<strong>Cyro</strong>, como você se consi<strong>de</strong>ra?Eu me consi<strong>de</strong>ro um orquestrador. De vez em quando componho as minhascoisas, faço as minhas coisas, mas a gran<strong>de</strong> paixão da minha vida é orquestrar.Maestro?Maestro foram circunstâncias que me levaram a reger na Rádio Record, aquelacoisa toda, mas eu s<strong>ou</strong> um cara que... Não me consi<strong>de</strong>ro maestro. Eu faço as minhascoisas, tudo – rejo –, mas não me consi<strong>de</strong>ro maestro.Aliás, numa ocasião eu <strong>de</strong>i uma entrevista, quando eu tinha 23, 24 anos e regia aorquestra na rádio. Era um jornalista que trabalhava na Folha, não me lembro mais, mepergunt<strong>ou</strong>: “- <strong>Cyro</strong>, como é essa história, você com 23 anos e as pessoas te chamam <strong>de</strong>maestro.” Eu falei: “- Olha, esse negócio <strong>de</strong> maestro é o seguinte: é que nem apelido.Você chama o cara <strong>de</strong> Zé e pega. Pra mim me chamaram <strong>de</strong> maestro, e o apelidopeg<strong>ou</strong>.” [Risos]Você se consi<strong>de</strong>rava um bom pianista?Eu fui um pianista razoável <strong>de</strong> música popular. Eu estu<strong>de</strong>i, lógico, piano lá noSul. Tocava direitinho, tal, principalmente música popular – tanto que eu vim pra cá etoquei piano em boate, piano em baile e tudo isso. Mas a minha meta na vida sempre foiser orquestrador. É o que eu sempre quis na vida e aos trancos e barrancos consegui.Mas mesmo na sua época <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>?Mesmo na época <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>, porque eu <strong>ou</strong>via muito a Rádio Nacional eficava apaixonado pelos arranjos do Radamés (Gnattali), do (Lyrio) Panicali e daquelepessoal todo; <strong>ou</strong>via as estações argentinas. E foi uma meta: “-Puxa, eu quero fazer isso!109

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