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tese - vanda do vale arantes - ufmg - Biblioteca Digital de Teses e ...

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As contradições <strong>do</strong> Capitalismo, forja<strong>do</strong> nas propostas <strong>do</strong> Liberalismo, ficaram<br />

explicitadas nas Revoluções <strong>de</strong> 1848. Delineou-se, no momento, o Socialismo como i<strong>de</strong>ologia <strong>do</strong><br />

proletaria<strong>do</strong> urbano. Ocorreu, na França, não uma luta política, mas uma luta <strong>de</strong> classes. As<br />

propostas nacionalistas românticas da unificação da Itália (1861) e da Alemanha (1871) se<br />

concretizaram. No perío<strong>do</strong> que se convencionou chamar Realismo, três gran<strong>de</strong>s linhas<br />

materialistas se impuseram: Positivismo, Materialismo Histórico e Dialético e Materialismo<br />

Científico e Evolucionista. Propostas, visões <strong>de</strong> mun<strong>do</strong> e realizações que se fizeram presentes nas<br />

décadas finais <strong>do</strong> século XIX e a<strong>de</strong>ntraram pelo século XX. A seguir, <strong>de</strong>stacaremos alguns<br />

aspectos sobre o Materialismo Histórico e Dialético e questões que essa proposta trouxe para os<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> História.<br />

Karl Marx (1818-1883), seguin<strong>do</strong> Hegel, fez da História objeto <strong>de</strong> suas reflexões.<br />

Enquanto Hegel viu a Revolução Francesa com entusiasmo, a expressão máxima da<br />

racionalida<strong>de</strong>, Marx se choca com a miséria <strong>de</strong>corrente da industrialização e <strong>do</strong> Liberalismo.<br />

Observa que a i<strong>de</strong>ologia burguesa justifica a or<strong>de</strong>m econômica criada por ela e para ela e que<br />

toda filosofia é um instrumento i<strong>de</strong>ológico <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> 23 .<br />

Marx afirmou que a História é o resulta<strong>do</strong> das ações <strong>do</strong> homem concreto. Relações<br />

humanas (sociais) tecem a História e são materiais (relações <strong>de</strong> produção). Nascem da maneira<br />

concreta <strong>do</strong> “produzir”, <strong>de</strong>nominam-se forças produtivas. A estrutura social é formada pelas<br />

forças produtivas e relações <strong>de</strong> produção. As <strong>de</strong>mais relações são superestruturais e <strong>de</strong>terminadas<br />

pelas estruturas. A vida, nas socieda<strong>de</strong>s capitalistas, é plena <strong>de</strong> contradições. A principal e mais<br />

evi<strong>de</strong>nte é a contradição entre trabalho e capital, isto é, entre burguesia e o proletaria<strong>do</strong> 24 . A<br />

superação <strong>de</strong>ssa contradição seria a revolução proletária: “As circunstâncias fazem o homem na<br />

mesma medida em que estes fazem as circunstâncias” 25 . Ainda afirma que o pensamento não é<br />

autônomo; a teoria nasce na observação <strong>de</strong> uma “práxis”. Resumidamente, estes são os eixos<br />

temáticos <strong>do</strong> pensamento marxista que estiveram presentes no século XX como que em fluxos e<br />

refluxos.<br />

Em fins <strong>do</strong> século XIX, as influências <strong>do</strong> pensamento <strong>de</strong> Karl Marx se fizeram sentir,<br />

notadamente após sua morte. Após 1890, o marxismo já era estuda<strong>do</strong> em algumas universida<strong>de</strong>s<br />

23<br />

LARA, Tiago Adão. Caminhos da razão no Oci<strong>de</strong>nte: a filosofia <strong>do</strong> Renascimento aos nossos dias. 2. ed.<br />

Petrópolis: Vozes, 1986. p. 86.<br />

24<br />

KONDER, Leandro. Marx: vida e obra. 3. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Paz e Terra, 1976.<br />

25 Ibid. p. 66.<br />

20

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