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tese - vanda do vale arantes - ufmg - Biblioteca Digital de Teses e ...

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Desse mo<strong>do</strong>, o consenso entre os historia<strong>do</strong>res no estabelecimento <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo<br />

operacional seria:<br />

Parte-se <strong>do</strong> ambiente material e histórico, passa-se para as forças e técnicas<br />

produtivas (entran<strong>do</strong> a <strong>de</strong>mografia em algum ponto intermediário), a estrutura da<br />

economia resultante: divisão <strong>do</strong> trabalho, troca, acumulação, distribuição <strong>do</strong><br />

exce<strong>de</strong>nte, assim sucessivamente e as relações daí <strong>de</strong>rivadas. Essas po<strong>de</strong>riam ser<br />

seguidas pelas instituições e a imagem da socieda<strong>de</strong> que lhe são subjacentes. A<br />

forma da estrutura social é assim estabelecida, suas características específicas e<br />

<strong>de</strong>talhes, na medida em que <strong>de</strong>rivam <strong>de</strong> outras fontes, po<strong>de</strong>m ser então<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s, na maioria das vezes por estu<strong>do</strong> comparativo 48 .<br />

As observações <strong>de</strong> Hosbawm serão por nós seguidas na condução da pesquisa.<br />

Acrescentamos que nossas preocupações são como os sujeitos se formam, sobrevivem e se<br />

organizam em <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s contextos históricos. A História Social tem-se agrupa<strong>do</strong> nos últimos<br />

10 ou 15 anos em torno <strong>do</strong>s seguintes temas: a) <strong>de</strong>mografia e parentesco; b) estu<strong>do</strong>s urbanos; c)<br />

classes e grupos sociais; d) história das "mentalida<strong>de</strong>s" ou "consciência coletiva" ou da "cultura"<br />

na acepção <strong>do</strong>s antropólogos; e) a transformação das socieda<strong>de</strong>s (por exemplo, mo<strong>de</strong>rnização ou<br />

industrialização); f) movimentos sociais e fenômenos <strong>de</strong> protesto social 49 . Alinhamo-nos com o<br />

terceiro grupo. Hobsbawm <strong>de</strong>staca, como pesquisas que tratam <strong>de</strong> classes e grupos sociais, os<br />

estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Emmanuel Le Roy Ladurie, Camponeses <strong>de</strong> Langue<strong>do</strong>c; Edward Thompson, A<br />

formação da classe operária inglesa e A<strong>de</strong>liene Daumard, Les bourgeois et la bourgueoisie en<br />

France <strong>de</strong>puis 1815. Na opinião <strong>de</strong> Hobsbawm, a maior dificulda<strong>de</strong> em se trabalhar com grupos<br />

sociais seria:<br />

Surge <strong>do</strong> fato <strong>de</strong> que classe não <strong>de</strong>fine um grupo <strong>de</strong> pessoas em isolamento, mas<br />

um sistema <strong>de</strong> relações, tanto verticais quanto horizontais. Assim, é uma relação<br />

<strong>de</strong> diferença (ou semelhança) e <strong>de</strong> distância, mas também uma relação<br />

qualitativamente diferente da função social, da exploração, da <strong>do</strong>minação <strong>do</strong><br />

sujeito 50 .<br />

48 HOBSBAWM, Eric. Da História Social à história das socieda<strong>de</strong>s. In:______. Sobre História. São Paulo:<br />

Companhia das Letras, 1998. p. 93-94.<br />

49 Ibid., p. 95.<br />

50 Ibid., p. 99<br />

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