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tese - vanda do vale arantes - ufmg - Biblioteca Digital de Teses e ...

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que priorizam questões locais e temáticas diversas. São <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> Simpósios Temáticos. Os<br />

números i<strong>de</strong>ntificam as subdivisões <strong>do</strong> assunto reconhecidas pela instituição organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s<br />

eventos.<br />

Inúmeros Simpósios Temáticos mostram a intensa movimentação que está acontecen<strong>do</strong> na<br />

área <strong>de</strong> História. Encontramos, no meio acadêmico, observações sobre esses aspectos. Críticas<br />

afirmam que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhos não tem si<strong>do</strong> acompanhada da necessária qualida<strong>de</strong>.<br />

Também se fala da existência <strong>de</strong> um paroquialismo na escolha temática, da mera <strong>de</strong>scrição das<br />

fontes, da ausência <strong>de</strong> análises, <strong>do</strong> ecletismo meto<strong>do</strong>lógico, etc. Olhamos, com otimismo, a<br />

volumosa produção na área, especta<strong>do</strong>res e atores que somos. Formamo-nos em História e<br />

iniciamos nossas ativida<strong>de</strong>s como <strong>do</strong>cente na década <strong>de</strong> 1970. Em razão <strong>de</strong> nossa trajetória,<br />

po<strong>de</strong>mos afirmar que houve uma revolução na área. Currículos <strong>do</strong>s cursos <strong>de</strong> Graduação foram<br />

altera<strong>do</strong>s, e a pesquisa foi incorporada ao ensino. A expansão da Pós-Graduação <strong>de</strong>slocou o<br />

monopólio da produção historiográfica <strong>do</strong> eixo Rio-São Paulo. Dissertações e <strong>Teses</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>utora<strong>do</strong>s têm renova<strong>do</strong> e amplia<strong>do</strong> a História no Brasil. Cremos que os ganhos para a área<br />

foram maiores <strong>do</strong> que a existência <strong>de</strong> alguns trabalhos que po<strong>de</strong>m ser questiona<strong>do</strong>s pela<br />

qualida<strong>de</strong>.<br />

A produção sistemática <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s da História <strong>do</strong> Brasil inicia-se com a criação <strong>do</strong><br />

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) em 1838, parte <strong>do</strong> aparato institucional que se<br />

estava organizan<strong>do</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> nacional 28 . A ação e influência da produção <strong>do</strong>s historia<strong>do</strong>res<br />

liga<strong>do</strong>s ao IHGB foram pre<strong>do</strong>minantes até os anos <strong>de</strong> 1930. A organização <strong>de</strong>sse Instituto é<br />

contemporânea das inúmeras instituições que se estavam organizan<strong>do</strong> em diversos países com o<br />

avanço <strong>do</strong> capitalismo. Destacam-se, no Brasil, a Aca<strong>de</strong>mia Imperial <strong>de</strong> Belas Artes – Escola<br />

Nacional <strong>de</strong> Belas Artes, as Escolas <strong>de</strong> Direito <strong>de</strong> Recife e São Paulo, as Escolas <strong>de</strong> Medicina <strong>do</strong><br />

Rio e Bahia e o Museu Nacional. Essas instituições discutiram mo<strong>de</strong>los e propostas para a<br />

construção <strong>de</strong> um esta<strong>do</strong> nacional brasileiro. Discussões perpassadas por propostas racistas. Essas<br />

instituições foram criadas ou reorganizadas como parte <strong>do</strong> aparato urbano que se estava<br />

implantan<strong>do</strong> e são contemporâneas à preocupação da intelectualida<strong>de</strong> com o reconhecimento <strong>de</strong><br />

uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> nacional.<br />

28 GUIMARÃES, Manoel L. S. Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o<br />

projeto <strong>de</strong> uma história nacional. Estu<strong>do</strong>s Históricos, Rio <strong>de</strong> Janeiro, n. 1, p. 5-27, 1988.<br />

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