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Revista Carta Premium - 4a edição (São Paulo, Brazil)

A nossa quarta edição traz diversas reportagens sobre cachaças, cervejas e vinhos premiados em 2017 no Brasil e no mundo, dicas para montagem de espaço de degustação, harmonização de prato com vinho, reportagens de campo de visitas a alambiques e muito mais!

A nossa quarta edição traz diversas reportagens sobre cachaças, cervejas e vinhos premiados em 2017 no Brasil e no mundo, dicas para montagem de espaço de degustação, harmonização de prato com vinho, reportagens de campo de visitas a alambiques e muito mais!

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Gran Première<br />

em escoar, a cachaça pura propriamente<br />

dita. Então procuramos envelhecer a cachaça<br />

para agregar valor e buscar um produto<br />

alternativo. Isso há 10, 12 anos atrás. Entretanto,<br />

naquele momento eu já sentia que<br />

a bebida doce, que as bebidas mistas adocicadas<br />

tinham ótima aceitação com o público.<br />

Na época era muito comum por exemplo<br />

encontrar nos pontos de venda o Keep<br />

Cooler, com ótima aceitação dos jovens.<br />

Foi quando imaginamos que poderíamos<br />

ter um produto que ajudasse a introduzir o<br />

consumidor à cachaçã, mais suave, porém<br />

sempre algo pronto, prático, natural, totalmente<br />

sem conversantes e que não tivesse o<br />

contraponto daquele sabor artifical comum<br />

às bebidas similiares. Apostamos então<br />

no limão para ir em busca desse primeiro<br />

produto. Fomos de ‘sola’ naquele pior para<br />

conseguir fazer dar certo. Se tivéssemos<br />

sucesso com o de limão acreditávamos que<br />

as próximas seriam um pouquinho mais fáceis”,<br />

conta Luiz Antônio Scarton, diretor da<br />

Bel Vedere.<br />

A empresa trabalhou por cerca de três anos<br />

sem vender uma garrafa sequer, fazendo,<br />

descartando, provando, guardando, reiniciando<br />

todo o processo até atingir uma fórmula<br />

ideal e diferenciada. “Foi quando lançamos<br />

nossa caipirinha pronta, que está até<br />

hoje no mercado, há cerca de 8 anos e tem<br />

uma aceitação incrível. Nunca tivemos um<br />

retorno sequer negativo em qualquer um de<br />

nossos pontos de venda. Apesar de não ter<br />

conservantes, ela não estraga. Com o tempo<br />

muda um pouquinho a coloração,<br />

acentuando ainda mais o<br />

seu sabor, sem oxidar. Temos até<br />

clientes hoje que pedem a ‘caipirinha<br />

envelhecida’ (risos), quando<br />

na verdade é uma das capirinhas<br />

nossas feitas e engarrafadas há<br />

um tempo um pouco maior só”,<br />

explica o entrevistado.<br />

A técnica própria desenvolvida<br />

pela empresa foi replicada em outros<br />

produtos e a Bel Vedere lançou<br />

também a versão de uva há<br />

pouco mais de 4 anos. “Hoje nosso<br />

volume de vendas desse produto<br />

é bem maior do que da cachaça,<br />

porém, por nossa cachaça ser<br />

um produto premium bem reconhecido<br />

por todo o mercado, claro<br />

a cachaça tem um faturamento<br />

bem maior”, analisa Scarton.<br />

Seguindo a aposta na brasilidade,<br />

a empresa está em vias de apresentar<br />

um novo produto nessa linha<br />

de bebidas mistas, que utiliza<br />

como ingrediente o butiá, fruto de<br />

uma plameira típica em algumas<br />

regiões do Rio Grande do Sul, Argentina<br />

e Uruguai, mas que também<br />

é cultvada em Minas, por<br />

exemplo. “Será um produto bem<br />

regional, já que essa palmeira é<br />

de clima frio e tradicional apenas<br />

em algumas localidades gaúchas.<br />

O butiá é uma espécie de coco que<br />

você come até chegar na amêndoa<br />

e o sabor se assemelha a de um<br />

pequi”, antecipa o produtor.<br />

Durante a Expocachaça a capirinha<br />

de uva foi um sucesso e vendeu<br />

mais do que o produto tradicional<br />

da empresa feito de limão.<br />

“O público consumidor de nossas<br />

caipirinhas já supera o público<br />

cativo de nossas cachaças. Entretanto,<br />

não trabalhamos com<br />

grande volume, trabalhamos com<br />

qualidade, seja para cachaça, seja<br />

para nossas caipirinhas. Preferimos<br />

o público mais exigente,<br />

que é mais fiel. O grande<br />

problemas que enfrentamos<br />

é um preconceito existente<br />

no que se refere às bebidas<br />

mistas, principalmente caipirinha<br />

prontas, pois quando<br />

alguém vem provar ele já<br />

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