CADERNO DE RESUMOS do II SIICS

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II Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (II SIICS) do PGCult - UFMA NA LINHA DO TEMPO: DE ALEIJADINHO A MESTRE DIDI UM ESTUDO DOS PINTORES AFRO BRASILEIROS Luis Félix de Barros Vieira Rocha Walter Rodrigues Marques Caroliny Santos Lima Ana Paula Bacelar de Lira Antonio de Assis Cruz Nunes RESUMO O presente trabalho tem por objetivo fazer um breve estudo acerca dos pintores afro-brasileiros que contribuíram de forma significativa para as artes plásticas em solo brasileiro. Pretendemos com nosso estudo traçar um panorama histórico do negro nas artes do século XIX até a contemporaneidade, assim como salientar alguns artistas que foram influenciados pela arte academiscista europeia, na qual podemos citar: Firmino Monteiro, Estevão Silva, Fernando Pinto Bandeira e Artur Timóteo da Costa. Pretendemos com a nossa pesquisa ressaltar a contribuição desses artistas para as artes plásticas, assim como desmistificar que nas artes plásticas brasileira não houveram pintores afro como: Aleijadinho, Mestre Valentim, Manuel da Cunha, Manuel da Costa Ataíde, Mestre Didi, Djanira da Motta e Silva dentre outros. Salientaremos a influencia do Movimento Modernista que foi primordial para a valorização da arte afro-brasileira que passou a ser considerada como uma rica expressão de brasilidade e que influenciou muitos artistas contemporâneos brasileiros. A pesquisa é bibliográfica. A sustentação bibliográfica se deu, principalmente das seguintes fontes: Pereira (2005) que fala sobre a arte afro-brasileira e seus principais artistas, Trindade (2010) que discute sobre a presença do artista negro em atividades coloniais, Jorgen (2014) que fala das contribuições dos pintores negros à arte brasileira, Cavalcanti (1980) dicionário brasileiro de artistas plásticos, Conduru (2008) fala sobre as representações de afrodescendentes e modernização artística no Brasil, dentre outros. A pesquisa conclui que nas artes plásticas brasileiras grandes artistas afro-brasileiros tiveram obras com grande valor estético. Palavras–chave: Artes plásticas. Negro nas Artes. Arte Afro-brasileira. Pintores Afrobrasileiros. 398
II Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (II SIICS) do PGCult - UFMA NOME SOCIAL E ALTERAÇÃO DO PRENOME DE INDIVÍDUOS TRANS: A EXPERIÊNCIA JURÍDICA BRASILEIRA RESUMO Renata Caroline Pereira Reis Mendes Viviane Freitas Perdigão Mônica Teresa Costa Sousa Analisa o nome social e a alteração do prenome de indivíduos trans, considerando o ordenamento e o posicionamento dos tribunais brasileiros. Realizou-se um levantamento bibliográfico, bem como a pesquisa de documentos e jurisprudências. Parte-se do pressuposto do nome, direito de todos, extraído da legislação civil, a ser registrado, gratuitamente, após o nascimento, com vida. Ressalta-se que este dá-se em observância ao caráter morfológico. Entretanto, durante o processo de formação da pessoa, pode ocorrer de não haver identificação com o nome civil, por não refletir a sua identidade de gênero, podendo suscitar inquietações e configurar a exposição a situações vexatórias, discriminatórias e preconceituosas, incorrendo em danos psicológicos e sociais. Frente a tais situações, não pode o direito omitir-se, sob pena de ferir os direitos humanos fundamentais e o princípio da dignidade humana. Para Hall (2015) o indivíduo moderno é resultado de um constructo histórico, podendo vir a formar-se e transformar-se múltiplas e contínuas vezes. O sujeito precisa ser visto enquanto plural, contingente e heterogêneo, reconhecendo-se enquanto um ser dotado de direitos e de obrigações, que utiliza das lutas sociais para reivindicar e resistir (TOURAINE, 2006). A sexualidade remete a valores, concepções e regras que são construídas social, histórica e culturalmente, de forma que tem sido operada enquanto um dispositivo histórico de poder, normatizador e normalizador de comportamentos no seio social (FOUCALT, 2010), mantendo uma relação com a ideia de gênero, orientação sexual e a identidade de gênero dos sujeitos. Nesse sentido, Haraway (apud TADEU, 2009) propõe uma nova maneira de pensar, desconstituindo-se a sexualidade binária e configurando-se um estatuto híbrido, para que se perceba que as construções não são totalidades. Scott (1999) propõe que o conceito de gênero, como categoria de análise, tem seu suporte no pós-estruturalismo, questionando-se categorias universais e unitárias. Beauvoir (2000) propõe a existência social de sujeitos com e sem posição específica. Atendendo a recomendação da ONU, o nome social emerge e consagra-se no país, com o Decreto Presidencial n. 8.727/2016, com vistas a assegurar o direito de sua 399
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