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CADERNO DE RESUMOS do II SIICS

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<strong>II</strong> Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (<strong>II</strong> S<strong>II</strong>CS) <strong>do</strong> PGCult - UFMA<br />

SOBRE A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO E ENTRADA NO SOCIAL:<br />

CONSI<strong>DE</strong>RAÇÕES INTRODUTÓRIAS<br />

Jaime Sousa da Silva Júnior<br />

Valéria Maia Lameira<br />

RESUMO<br />

A presente comunicação faz parte de uma pesquisa recém-iniciada, proposta e aceita no<br />

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal <strong>do</strong><br />

Maranhão. A partir da formulação <strong>do</strong> problema, pretende-se investigar o liame entre a<br />

constituição <strong>do</strong> sujeito e a sua entrada no social, a partir da teoria psicanalítica de<br />

Sigmund Freud (1856-1939) e Jacques Lacan (1901-1981). Diante das críticas que são<br />

feitas à Psicanálise, como sen<strong>do</strong> uma teoria que ignoraria o social, mostra-se com o<br />

estu<strong>do</strong> das obras <strong>do</strong>s autores, que tais críticas são infundadas. Desde o início de sua<br />

experiência clínica, e em toda a sua obra, desde o “Projeto para uma psicologia<br />

científica” Freud (1996/1950[1895]), apresenta uma teoria energética <strong>do</strong>s neurônios, na<br />

qual já se pode vislumbrar a impossibilidade de funcionamento <strong>do</strong> falante, sem que haja<br />

uma ação específica desempenhada por um agente externo. Essa experiência de<br />

desnaturalização é a fonte primeva de to<strong>do</strong>s os motivos morais. Ressalta-se que a<br />

cultura e a civilização são fundadas em trocas simbólicas que só são possíveis pela<br />

existência da linguagem. Haja vista a pesquisa estar em seu início, o presente recorte<br />

traz reflexões iniciais, com apoio <strong>do</strong>s textos referentes ao percurso escolhi<strong>do</strong>. São essas<br />

as referências: “Projeto para uma psicologia científica”, e o capítulo 7 <strong>do</strong> livro<br />

“Interpretação <strong>do</strong>s sonhos”, chama<strong>do</strong> “A psicologia <strong>do</strong>s processos oníricos”, (1900),<br />

obra que funda a psicanálise. Nesse contexto, assinala-se o funcionamento <strong>do</strong><br />

inconsciente determina<strong>do</strong> pela linguagem. O objetivo da pesquisa é: Apresentar, na obra<br />

psicanalítica de Freud e Lacan, a evidência de que não há separação entre constituição<br />

<strong>do</strong> sujeito e entrada no social. Deste mo<strong>do</strong>, seguimos a recomendação de Freud<br />

(1915/2004) sobre agrupar, conhecer e ordenar fenômenos a conceitos básicos, de mo<strong>do</strong><br />

que seus indicativos permitam que o pesquisa<strong>do</strong>r não seja um mero investiga<strong>do</strong>r, mas<br />

diferente, alguém submeti<strong>do</strong> ao próprio desejo.<br />

Palavras-chave: Psicanálise. Sujeito. Social. Linguagem.<br />

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