CADERNO DE RESUMOS do II SIICS

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II Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (II SIICS) do PGCult - UFMA PRINCESAS DA DISNEY: UMA ANÁLISE ACERCA DO EMPODERAMENTO FEMININO Mirella Fernanda Nascimento Melina Serra RESUMO Em 1937 foi lançado pela Disney o primeiro filme de animação que versava a temática das princesas. “A Branca de Neve e os sete anões” iniciou uma estrada que seria percorrida por inúmeras outras histórias de princesas a serem contadas ao longo dos anos. Esse filme foi o primeiro longa metragem de animação da empresa Disney a ser lançado com uma personagem feminina enquanto protagonista. A partir daí o ideal de princesa foi se modificando na proporção em que a sociedade desconstruía algumas perspectivas de gênero e avançava na discursão das pautas feministas. Desta forma, este trabalho visa fazer uma reflexão acerca dos filmes de animação da Disney que possuem histórias de princesas, onde será feita uma análise de cada filme em sua compreensão histórica e social, bem como uma comparação entre eles na observação do avanço do empoderamento feminino ao longo do tempo enquanto a sociedade sofria mudanças. Será utilizado o método fenomenológico na compreensão e observação dos filmes das princesas da Disney para avaliar o avanço do empoderamento feminino nessa animações. Percebeu-se que as princesas se dividiram em quatro gerações: Na primeira encontramos Branco de Neve, Cinderela e Bela adormecida, na segunda encontramos Ariel, Bela, Jasmim, Pocahontas e Mulan, na terceira encontramos Tiana, Rapunzel, Mérida, Ana e Elsa e por fim a última princesa lançada, a Moana Questiona-se quais possíveis impactos essas animações infantis causaram nas meninas de gerações passadas e quais impactos pode-se causar nas meninas de hoje e do futuro. Palavras-chave: Princesas; Filmes; Gênero; Empoderamento 512
II Simpósio Internacional Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (II SIICS) do PGCult - UFMA PRODUÇÕES DISCURSIVAS SOBRE A MULHER NA PROPAGANDA VAI E VEM DA CERVEJA ITAIPAVA RESUMO Mylena Frazão da Cruz Ilza Galvão Cutrim O corpo jovem, o corpo sensual, o corpo belo tem sido objeto de olhar nas diversas mídias. Na esteira de Milanez (2009), estamos compreendendo o corpo não apenas enquanto uma simples prática corporal e objetivante, mas sim como prática discursiva. Apoiado sobre essa ideia, este trabalho visa analisar os efeitos de sentido produzidos discursivamente na mídia brasileira sobre o corpo da mulher, representada na personagem Verão, na propaganda Vai e vem, da cerveja Itaipava, veiculada na televisão em 2015 e ainda disponível na internet na plataforma de distribuição digital de vídeos YouTube. Esta campanha é a segunda de uma série de propagandas que trazem a bailarina Aline Riscado como a personagem Vera (mais conhecida como Verão), a garçonete do Bar Verão, que fica localizado em uma praia e tem como consumidores homens que frequentam o bar. Mais do que a própria cerveja, o corpo da modelo é o que mais fica em evidência no comercial: um corpo bronzeado, cheio de belas curvas. Sob o olhar dos consumidores (os que estão no bar e o brasileiro que assiste ao comercial), esse corpo projeta efeitos de sentido não apenas sobre o elevado consumo de cerveja no Brasil, como também sobre a imagem da mulher brasileira: sensual, despojada, desejada, simpática, quase sempre despida e à disposição de olhares. Compreender as projeções sobre os sentidos desse corpo em perspectiva discursiva é considerar que os sentidos são determinados sócio historicamente, tarefa que vem sendo parte dos estudos da Análise do Discurso (AD) de vertente francesa. Para tanto, buscamos apoio nos estudos da AD desenvolvidos no Brasil, com base em Gregolin (1995), Fernandes (2007), Cutrim et al. (2016) e Guerra (2003).Fundamentados nesses autores, discorremos sobre as concepções de discurso, formação discursiva e memória discursiva a fim de analisar como os discursos presentes no texto analisado revelam um sujeito que enuncia de um lugar institucional (a mídia) e mantém um diálogo com outros discursos já cristalizados na sociedade sobre a mulher, recorrendo, assim, a uma memória. A análise por nós realizada permitiu constatar que a mídia, além de influenciar hábitos, por meio de forte apelo persuasivo, reafirma discursos carregados de ideologias que são 513
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