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00009 - Economia e Utilidades Domésticas.pdf

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III BAR – RECEITAS<br />

LICORES FINOS<br />

ORIGEM MEDIEVAL: criado por monges e alquimistas, o licor se presta à<br />

combinação e misturas ou ao exclusivo prazer de bebê-lo puro.<br />

Para conhecimento de todos os apreciadores de licor: os militares, nesse<br />

assunto, merecem tantos agradecimentos quanto os monges e alquimistas dos<br />

séculos IV, V e VI da nossa era. Nos monastérios e nos laboratórios da Idade<br />

Média começaram a ser aperfeiçoadas as macerações e infusões em soluções<br />

alcoólicas – e as destilações mais maravilhosas. Mas foram os militares, em<br />

especial os feridos em batalha, os primeiros a beber aqueles cicatrizantes,<br />

desinfetantes e bálsamos de aroma tentador. Os lenços encharcados daquele<br />

líquido, ao mesmo tempo em que ajudavam a curar os ferimentos, acendiam a<br />

curiosidade e despertavam a sede dos heróis. Logo se percebeu que os melhores<br />

efeitos não provinham do uso tópico, mas da administração por via oral. Um dos<br />

mais notáveis episódios dessa história ocorreu no século VI, durante o cerco de<br />

Reims, na França. O frei Marco de Saint-Remy destilava vinho branco para obter<br />

uma porção puríssima, capaz de garantir assepsia total, enquanto o rei Clodoveo<br />

acrescentava mel àquele mesmíssimo preparo, com a intenção de obter um elixir<br />

de longa vida. Sabe-se também que, pelo século XVI (um milênio mais tarde,<br />

como se vê), usava-se corriqueiramente nas guerras européias um medicamento<br />

chamado na Itália de Archebuse. Era, na verdade, um licor com supostas<br />

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