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LEITURA DO MUNDO - Instituto Paulo Freire

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3.1. A experiência de São <strong>Paulo</strong><br />

A administração popular do Município de São <strong>Paulo</strong> (1989-1992), que<br />

contou com <strong>Paulo</strong> <strong>Freire</strong> como Secretário de Educação (1989-1991), substituído,<br />

em seguida, por Mário Sérgio Cortella (1991-1992), baseou sua política<br />

educacional em três princípios básicos: participação, descentralização e<br />

autonomia, desenvolvidos no âmbito de quatro grandes prioridades:<br />

Democratização da Gestão, Democratização do Acesso, Nova Qualidade de<br />

Ensino e Política de Educação de Jovens e Adultos.<br />

A política educacional, através de seus documentos e ações<br />

desencadeadas, assumiu o compromisso político de realizar uma escola voltada<br />

para a transformação social.<br />

A escola deve ser um local tanto de elaboração e construção do<br />

conhecimento e organização política das classes populares, quanto da<br />

solidariedade de classe; um espaço onde se incentive a participação do povo na<br />

criação do saber, que é instrumento de luta na transformação da história; um<br />

centro irradiador de cultura, para que a comunidade não só se aproprie dela mas<br />

também a recrie. (...)<br />

A união entre educação formal e educação não formal deve ser o novo<br />

espírito a animar a escola. Consideramos que o processo de ensino-<br />

aprendizagem não se esgota na sala de aula, mas envolve a articulação de<br />

grupos, núcleos, associações, entidades, propiciando o debate de idéias, através<br />

do qual a organização popular sistematiza a própria experiência. Tudo aquilo que<br />

contribui para a formação da criança, jovens e adultos, enquanto indivíduos<br />

críticos e conscientes de suas possibilidades de atuação no contexto social, deve<br />

ser considerado como prática educativa (SÃO PAULO, 1990:4).<br />

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