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LEITURA DO MUNDO - Instituto Paulo Freire

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c) em relação aos conteúdos da aprendizagem: a realidade deve ser o<br />

objeto de estudo, buscando os conteúdos mais significativos para a aproximação<br />

crítica do contexto em que os educandos estão inseridos e para a escola estar em<br />

“relação de organicidade” com o projeto de vida daqueles que dela fazem parte;<br />

d) em relação ao currículo: entendê-lo como instrumento básico de que a<br />

escola dispõe para organizar sua ação transformadora, englobando todas as ações<br />

e relações existentes, na, pela e para a escola;<br />

e) em relação ao papel da escola: local privilegiado de receber e<br />

considerar a cultura da comunidade e de irradiar outras formas e manifestações<br />

culturais, local de reflexão, espaço de participação, de construção individual e<br />

coletiva de uma nova realidade.<br />

Para viabilizar a construção do currículo, tal como aquele governo o<br />

concebia, e promover as mudanças desejadas, era preciso alterar as relações de<br />

poder no interior da escola e também nas instâncias superiores da administração.<br />

Dessa forma, no âmbito da Democratização da Gestão, o governo de 1989-1992<br />

promoveu uma reestruturação técnico-administrativa da Secretaria Municipal de<br />

Educação, criou e desenvolveu instâncias colegiadas (Colegiado Central,<br />

Colegiado Intermediário, Colegiado dos NAEs e Conselho de Escola),<br />

incentivando e fortalecendo a participação e a decisão coletiva. Substituiu as<br />

Delegacias Regionais de Educação Municipal (DREMs) pelos Núcleos de Ação<br />

Educativa (NAEs). Aquelas tinham uma função mais fiscalizadora e seu contato<br />

com as escolas se caracterizava mais pelo controle burocrático: documentação,<br />

cumprimento de determinações legais etc. Os NAEs possuíam uma estrutura<br />

mais democrática e desenvolviam um trabalho voltado para os aspectos<br />

administrativos, financeiros e, principalmente, de apoio pedagógico.<br />

No nível das unidades escolares, ampliou a autonomia, estimulou a<br />

formação dos Grêmios Estudantis, deu destaque aos Conselhos de Escolas,<br />

investindo na sua reorganização e na formação dos diferentes segmentos para a<br />

participação. Além disso, discutiu e elaborou novo Regimento Comum das<br />

Escolas Municipais, discutiu e criou o Estatuto do Magistério.<br />

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