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LEITURA DO MUNDO - Instituto Paulo Freire

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"soberania" da humanidade como um todo e das sociedades nacionais em<br />

particular como forma de enfrentar a globalização capitalista.<br />

Segundo Marcos Arruda (www.forumsocialmundial.org.br), foi formada,<br />

no início de 1995, a Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais,<br />

reunindo ONGs e organizações de trabalhadores, com a finalidade de estabelecer<br />

uma interação sistemática com o governo brasileiro e as agências multilaterais<br />

(Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e o Banco Interamericano de<br />

Desenvolvimento) a respeito das políticas, programas e projetos financiados por<br />

estas. A rede possui membros em todo o país e busca influenciar tanto o Governo<br />

Federal como o Congresso, e também acompanhar o envolvimento daquelas<br />

instituições e advogar junto a elas em favor dos setores sociais interessados.<br />

Entre os temas desta interação estão o desenvolvimento sustentável, a<br />

erradicação da pobreza, as prioridades de investimento e a metodologia<br />

participativa.<br />

Um dos resultados da interação das organizações sociais com o Banco<br />

Mundial é a atenção que um número crescente de diretores e funcionários do<br />

Banco está prestando à participação popular como um meio eficaz de combate à<br />

pobreza. A discussão agora está centrada nos métodos e alcance da participação,<br />

em programas e projetos financiados pelo Banco e nas políticas<br />

macroeconômicas promovidas pelo Banco.<br />

O desafio tem sido fazer da globalização um processo que democratize<br />

não apenas o direito à opinião, mas os direitos e deveres da plena cidadania para<br />

todos os membros das sociedades nacionais e da sociedade global. Gerar<br />

processos de participação que, por um lado, estabeleçam a cada pessoa e<br />

comunidade humanas sua condição de sujeito do seu próprio desenvolvimento e,<br />

por outro, cultivem e integrem a diversidade das capacidades, desejos e<br />

aspirações num movimento que redirecione os mercados, atribua um conteúdo<br />

democrático ao Estado, e reconstrua o global a partir da diversidade do local e do<br />

nacional.<br />

Segundo Boaventura de Sousa Santos (www.ces.fe.uc.pt), a regulação<br />

social nas sociedades capitalistas modernas se fundamenta em três pilares:<br />

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