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LEITURA DO MUNDO - Instituto Paulo Freire

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concebidos e utilizados, nem dos humanos que os inventam produzem e<br />

utilizam. Acrescentamos, enfim, que as imagens, as palavras, as construções de<br />

linguagem entranham-se nas almas humanas, fornecem meios e razões de viver<br />

aos homens e suas instituições, são relacionadas por grupos organizados e<br />

instrumentalizados, como também por circuitos de comunicação e memórias<br />

artificiais.<br />

Já se fala hoje em “ciberalfabetismos” e em “educar cibercidadãos” (Jane<br />

Kenway in SILVA, 1998:99-120) que sejam “ligados” e críticos, formados para<br />

serem cidadãos ativos na “segunda era da mídia”. Segundo Jane Kenway, a<br />

Internet não significa apenas acesso a uma maior e melhor informação. Ela<br />

também propicia uma “economia de comunicação” que é diferente da economia<br />

de outras tecnologias de comunicação. Até o surgimento das redes de<br />

computadores, as tecnologias de comunicação se dividiam entre duas categorias:<br />

a) um-a-um ou um-a-alguns (telégrafo e telefone) e b) um-a-muitos (processo de<br />

transmissão como a televisão e o rádio ou a imprensa e o cinema). As redes de<br />

computadores, além de acumular as vantagens das tecnologias anteriores, oferece<br />

múltiplas formas de comunicação: sessões de bate-papo (chat) em tempo real;<br />

correio eletrônico de pessoa a pessoa; grupos de discussão em rede; revistas e<br />

boletins on-line; base de dados multimídia; realidade virtual. “A Internet abre<br />

imediatamente o caminho para que as pessoas se tornem membros de uma gama<br />

de novas comunidades não enraizadas na geografia, possibilitando que elas se<br />

tornem produtoras e distribuidoras de seus próprios produtos culturais” (Idem,<br />

100).<br />

A autora refere-se a várias perspectivas educacionais que, à semelhança da<br />

alfabetização (propriamente dita) para a escrita e a leitura, defendem o<br />

desenvolvimento de alfabetizações para as novas tecnologias, isto é, o<br />

desenvolvimento de habilidades que permitam com que os estudantes utilizem os<br />

novos meios de forma adequada. Os defensores dos “ciberalfabetismos”<br />

“enfatizam que é necessário que os estudantes se movimentem entre o<br />

177<br />

alfabetismo da escrita e outros alfabetismos, que utilizem uma gama de formas<br />

tecnológicas de comunicação e que ‘leiam’ uma ampla gama de tipos de textos.

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