Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...
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O interesse em realizar esta pesquisa cresceu ao longo dos estudos no Curso <strong>de</strong><br />
Mestrado em Educação. Durante esse período, observei <strong>de</strong> que maneira a UCP está<br />
<strong>de</strong>senvolvendo o seu caminho cultural e acadêmico, buscando promover ações educativas,<br />
relacionadas ao atual contexto sócio-político da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Petrópolis e do Estado do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. Nesse sentido, retomar a origem da UCP po<strong>de</strong> levar à reflexão sobre o significado<br />
atual <strong>de</strong> sua presença em Petrópolis e na região serrana, por meio da especificida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua<br />
obra educativa, que se processou juntamente com a história da cida<strong>de</strong>.<br />
Tomando como referência a sucessão cronológica dos bispos diocesanos, que<br />
assumem, também, a função <strong>de</strong> grãos chanceleres da UCP, a história <strong>de</strong>ssa instituição po<strong>de</strong>-se<br />
dividir em quatro períodos:<br />
1. 1953-1984: Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra.<br />
2. 1984-1996: Dom José Fernan<strong>de</strong>s Veloso.<br />
3. 1996-2004: Dom José Carlos <strong>de</strong> Lima Vaz.<br />
4. 2004- em diante: Dom Filippo Santoro.<br />
O recorte temporal escolhido para o estudo foi o período da fundação das Faculda<strong>de</strong>s<br />
<strong>Católica</strong>s Petropolitanas até o ano em que o bispo Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra, que<br />
dirigiu a Diocese <strong>de</strong> Petrópolis por 36 anos, a partir <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1948, <strong>de</strong>ixou a mesma Diocese<br />
e a função <strong>de</strong> grão chanceler (1953-1984). A implantação da UCP po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada como<br />
um dos maiores frutos, junto com o Seminário Diocesano, <strong>de</strong> sua ativida<strong>de</strong> pastoral. Tendo<br />
em vista o i<strong>de</strong>al educativo e cultural da Igreja, Dom Cintra pretendia que a futura<br />
universida<strong>de</strong> surgisse sob inspiração da fé cristã, a serviço da socieda<strong>de</strong> petropolitana, e que<br />
sua meta fosse o <strong>de</strong>senvolvimento do conhecimento e a <strong>de</strong>fesa dos princípios morais e da<br />
dignida<strong>de</strong> da pessoa humana, como ele mesmo afirmou, no discurso <strong>de</strong> instalação da UCP, a<br />
10 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1962. Sua concepção <strong>de</strong> universida<strong>de</strong> não era apenas a <strong>de</strong> uma escola superior<br />
complexa, com muitos cursos e muitos alunos, mas também <strong>de</strong> “um conjunto lógico,<br />
orgânico, vital, a irradiar em todos os membros a mesma mentalida<strong>de</strong>, o mesmo espírito”<br />
(AÇÃO, abril, 1962, p. 108).<br />
Tal conceito remontava ao i<strong>de</strong>al clássico <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>, que tinha suas origens na<br />
Europa da Ida<strong>de</strong> Média, quando não se podia enten<strong>de</strong>r a Universitas Studiorum sem a<br />
faculda<strong>de</strong> teológica, que se encontrava em todas as primeiras universida<strong>de</strong>s. Nascida da<br />
Igreja, a universida<strong>de</strong> era um instituto orgânico, em que se pretendia o cultivo integral das<br />
ciências para a formação do homem. Segundo a visão <strong>de</strong> Dom Cintra, no início do século XX,