Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

Erguer o lábaro de uma Universidade Católica nos tempos atuais é
cometimento apostólico que pode ser heróico. Nós o dizemos para exprimir
as graves responsabilidades da Diocese que promoveu Instituições de tal
magnitude. Confiamos, porém, em que a doutrina da Igreja, profundamente
orgânica no conjunto das verdades reveladas que nos iluminam, nos
princípios morais que nos regem e na Graça dos meios sacramentais que
nos sustentam, há de plasmar cada vez mais intensamente a vida cristã de
nossa família universitária. Nossa Universidade não desmerecerá de seus
altos ideais de Universidade Católica. Seus Estatutos foram elaborados com
esse cuidado precípuo. Eles asseguram à Igreja mais do que uma presença
decorativa, a influência decisiva, colocando-a no centro da Escola.
(AÇÃO, ibidem, p. 109).
Ao fazer uma saudação ao professor Pedro Calmon, Dom Cintra sublinhou uma
“auspiciosa coincidência”: o mesmo professor, que naquele dia instalava a UCP em nome do
ministro da Educação, oito anos antes instalara a primeira das Faculdades Católicas
Petropolitanas, a de Direito. Referindo-se depois ao núncio apostólico, concluiu:
Pode o Santo Padre ficar certo de que, à semelhança da Universidade de
Paris, a Universidade de Petrópolis se gloria de ser filha da Igreja. Por isso
traz no seu escudo o símbolo heráldico da Sede da Sabedoria, a excelsa Mãe
de Deus, com uma inscrição que é, ao mesmo tempo, súplica e ideal: non
excidet (AÇÃO, ibidem, p. 110).
A transformação das Faculdades em Universidade, assim “tempestiva e tenazmente”
realizada, indica, mais uma vez, a intensa atuação dos católicos em Petrópolis e as suas
ligações com os órgãos federais e estaduais, que reconheciam a obra educativa da Igreja como
fator determinante da identidade nacional.
4.2. 4.2 O ESTATUTO DE 1961 E A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
No mesmo ato com que as Faculdades Católicas Petropolitanas foram transformadas
em Universidade Católica de Petrópolis, pelo Decreto n. 383, de 20 de dezembro de 1961, foi
aprovado também o seu estatuto acadêmico.
O estatuto é, por definição, “a lei orgânica que expressa formalmente os princípios
que regem a organização de um Estado, sociedade ou associação” (NOVO AURÉLIO, 1999,
p. 830). Apresenta-se, portanto, como a regulamentação de uma entidade, que define suas