Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

qual se lê:
Como expressão cultural superior do catolicismo e como instrumento
imprescindível de sua irradiação ampla e benfazeja em todas as esferas
sociais, a universidade católica é, para o Brasil, penhor de vida no presente e
promessa de mais seguro porvir [...]. A fundação da universidade católica
será a glória de nossa geração (apud ANTONIAZZI, ibidem, p. 305).
Na visão de Beozzo (ibidem, p. 33), “a universidade aparece como fruto normal de
uma série de fatos, que vão da fundação do Centro Dom Vital, passando pela AUC, até o
Instituto Católico de Estudos Superiores”. Em janeiro de 1940, no Rio de Janeiro, o cardeal
Sebastião Leme designou o padre Leonel Franca e Alceu Amoroso Lima para preparar a
constituição da Sociedade Civil Faculdades Católicas, mantenedora da primeira UC do Brasil.
A responsabilidade administrativa, científica e didática das Faculdades, fundadas em 21 de
junho do mesmo ano, foi atribuída à Companhia de Jesus. No dia 30 de outubro de 1940, o
Conselho Nacional de Educação autorizou, com o Decreto n. 6.409, o curso de bacharelado na
Faculdade de Direito e sete cursos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL). Em
22 de dezembro, o padre Leonel Franca foi nomeado reitor. Em 15 de março de 1941, houve a
solene abertura dos cursos, na presença do ministro da Educação, Gustavo Capanema. Havia
14 alunos de Direito (todos homens) e 70 alunos (14 rapazes e 56 moças) nos cursos da FFCL
(SESSENTA ANOS PUC RIO, 2000, p. 18-20). Em 1946, a Escola de Serviço Social do
Instituto Social do Rio de Janeiro, fundado em 1937, se agregava às Faculdades Católicas,
completando o número de unidades requerido por lei para a formação de uma universidade.
Pelo Decreto Federal n. 8.681, de 15 de março de 1946, as Faculdades Católicas foram
reconhecidas como universidade, que, no ano seguinte, recebeu o título e as prerrogativas de
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Como afirma Cunha (1986), na era de Vargas, o apoio à criação das UCs explica-se
no contexto da aproximação Estado e Igreja, quando, em face da dificuldade do Estado
assumir o ensino superior, as UCs exerceram uma função supletiva nesse nível de ensino.
A Universidade Católica surgiu justamente na capital da República, na sede
do aparelho de Estado, visando desenvolver o ensino segundo padrões
modernos, com estudantes que já tivessem, predominantemente, uma
educação secundária católica, capazes, portanto, de terem uma formação
homogênea [...] orientados para a direção da sociedade (CUNHA, 1986, p.
317).