Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

expansão, facilitando-nos assim o pagamento ao Sion (TRIBUNA DE
PETRÓPOLIS, 17-9-2003).
Com a compra dos terrenos e dos prédios que pertenceram à Congregação de Nossa
Senhora de Sion 71 , a UCP ocupou dois conjuntos ou campi: o de Sion, na Rua Benjamin
Constant, n. 213 (BC), e o do Barão do Amazonas (BA).
O modelo espacial dos campi, em geral situados nas periferias urbanas, afirmou-se
na década de 1960, no contexto da rápida espansão do ensino superior. Esse modelo foi
reconhecido e apoiado pelas fontes de financiamento internacional, especialmente pelos
consultores norte-americanos, sendo o modelo que eles valorizavam em seu País e que
consideravam adequado para atenuar a politização dos estudantes das universidades
brasileiras. Principalmente o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) propiciou a
implantação deste modelo, por meio de convênios de apoio financeiro e de assistência técnica
ao Ministério de Educação (CUNHA, 2000, p. 182-183).
Enquanto o campus suburbano parecia ser a regra para as universidades públicas da
rede federal, para alcançar os objetivos econômicos da reforma universitária, as privadas
utilizaram o espaço urbano disponível, construindo novos edifícios ou utilizando os
existentes, como demonstra, na trajetória da UCP, a compra do Palace Hotel e,
sucessivamente, do Colégio Sion. Ainda que, em 1977, tivesse sido planejada a criação de um
campus universitário afastado da cidade, este projeto nunca foi concretizado, por razões que
serão explicitadas a seguir.
As novas instalações da Universidade no antigo Colégio Sion foram inauguradas no
dia 1º de março de 1969, por ocasião da implantação do Conselho de Patronos da UCP, que
foi integrato entre os órgãos de administração superior da Universidade. O novo Conselho era
71 Com base na dissertação de mestrado em Educação da UCP, defendida pela professora Márcia de Carvalho
Jimenez Alamino em março de 2008 e intitulada Na casa de Marta e Maria: um estudo sobre o Colégio Notre
Dame de Sion em Petrópolis, esta instituição, fundada pelo padre Teodoro Ratisbonne, na França, em 1842,
iniciou suas atividades no Rio de Janeiro, no final de 1888, atendendo à educação das moças da sociedade
brasileira. Em 1897, a Congregação decidiu a aquisição de terrenos em Petrópolis, para a construção de um
Colégio, projetado exclusivamente para este fim. A construção estendeu-se de 1904 a 1907, quando foi
definitivamente instalado o Colégio Nossa Senhora de Sion. Sucessivamente, de 1914 a 1922, foi construída a
capela, de estilo renascentista, de acordo com os cânones arquitetônicos da Capela da Congregação, em Paris. Na
década de 1930, o prédio sofreu algumas alterações, com acréscimo de mais um andar, embora o estilo tenha
sido preservado. No início de 1969, após a desativação do Colégio, a Congregação Nossa Senhora de Sion,
vendeu as suas propriedades para a UCP. O prédio foi tombado pelo patrimônio Histórico e Artístico em 22 de
junho de 1981.