Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

atendendo às necessidades da adequada formação do elemento humano com
vista aos interesses gerais da produção e a o desenvolvimento econômico do
País, que lhe incumbe resguardar e assegurar, dentro dos princípios da
dignidade do homem e dos deveres da sociedade na condução do bem
comum [...] resolve prestar às “FACULDADES” ajuda técnica e financeira
para a instalação e manutenção de um estabelecimento de ensino superior de
Engenharia Industrial a elas incorporado em igualdade de condições com os
demais que atualmente as compõem.
Ao Centro caberia o custo das obras de adaptação do prédio das Faculdades, à Rua
Barão de Amazonas, para a instalação da Escola (art. 1) e todas as despesas de aquisição da
maquinaria, da aparelhagem, do equipamento técnico e do mobiliário necessário ao seu
funcionamento (art. 3). As Faculdades, dentro dos princípios do CIRJ, referidos no preâmbulo
e que se harmonizavam com as suas próprias finalidades, reservavam-se, porém, “a mais
ampla liberdade e autonomia na ministração e orientação do ensino no novo estabelecimento,
inclusive na fixação do regime disciplinar e regimental e na escolha de seu corpo dirigente,
bem assim do seu professorado” (art. 6). A nova Escola teria a denominação de Faculdade
Católica de Engenharia Industrial de Petrópolis (art. 7).
Como se lê numa carta do presidente do CIRJ, Zulfo de Freitas Mallmann, ao reitor
Arthur de Sá Earp, 37 decidiu-se ainda que uma comissão de industriais do Centro, composta
de três membros, iniciaria os contactos com 80 indústrias, as quais seriam consideradas
fundadoras desta Faculdade, “visando levantar numerários suficientes” para a concretização
do acordo (ANEXO A4).
O convênio entre o CIRJ, na pessoa do presidente Zulfo de Freitas Mallmann, e as
Faculdades Católicas Petropolitanas, na pessoa do bispo diocesano Dom Cintra, foi assinado
em 13 de dezembro de 1960, no plenário da sede da Federação das Indústrias do Estado
(ANEXO B6). Estavam presentes os representantes dos governadores do Estado da
Guanabara e do Estado do Rio de Janeiro, o núncio apostólico Dom Armando Lombardi, que
presidia a solene cerimônia, o prefeito de Petrópolis, doutor Nelson de Sá Earp, o vice-
prefeito Mario Pinheiro, o diretor da Faculdade de Direito, Aloísio Maria Teixeira, o diretor
da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, padre José Fernandes Veloso, o vigário geral,
monsenhor Gentil Costa. No seu discurso inaugural, Dom Cintra salientou a relevância da
iniciativa voltada à formação de técnicos especializados brasileiros, engenheiros industriais,
que iriam atender às exigências do parque industrial do País com “perfeita preparação
37 Carta datada 15 de setembro de 1960, encontrada no arquivo da Mitra Diocesana de Petrópolis.