Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

profissional e com formação moral segura, bafejada pelos princípios da fé e da moral cristã”.
Ele afirmou que a criação da Escola de Engenharia Industrial era “um acontecimento do mais
alto relevo para o Estado, para a Pátria e para a Igreja” e explicou:
Não nos bastaria deveras formar técnicos. Devemos pensar em preparar
homens e devemos formar cristãos no sentido autêntico da palavra. A
técnica só pode destruir e aniquilar, como foram aniquiladas Hiroshima e
Nagasaki. A moral e a fé é que constroem. No mundo conturbado de hoje,
talvez precisemos mais de profundo sentido humano e cristão da vida do
que de arrojadas e ainda hipotéticas concepções da ciência interplanetária.
Com estas o homem poderá ir ao espaço sideral; com aquela a nossa vida no
planeta será razoável e humana (AÇÃO, janeiro, 1961, p. 10).
Concluindo a cerimônia, Dom Cintra agradeceu às Faculdades, ao presidente da
Federação e do Centro e aos seus associados, assim como ao trabalho do reitor Arthur de Sá
Earp e do professor Décio José de Carvalho Werneck. Dom Cintra afirmou que o rápido
desenvolvimento das Faculdades, em menos de um decênio, o alto conceito que todos os
órgãos competentes do Ministério da Educação delas faziam, o parecer de professores
catedráticos de outras universidades que, lecionando em Petrópolis, têm podido confirmar a
seriedade e a proficiências dos cursos e o índice de aproveitamento na escolarização dos
estudantes da UCP, tornavam-se credenciais para alcançar maiores resultados culturais e
espirituais. Ele concluiu, mencionando o lema das Faculdades Católicas Petropolitanas:
“Firmadas nos princípios que as têm redigido e as têm sustentado através de todas as
dificuldades, elas continuarão o seu roteiro feliz. Non excidet: não hão de desfalecer jamais.
Faxit Deus!”. (AÇÃO, ibidem, p. 12). No final, o núncio apostólico, que também foi
signatário do referido convênio, leu um telegrama do Vaticano, pelo qual o papa João XXIII
enviava a bênção apostólica para o CIRJ, para as Faculdades Católicas Petropolitanas, para a
Diocese e todos os que estivessem envolvidos na fundação da Escola Católica de Engenharia
Industrial.
A nova Faculdade, autorizada pelo Decreto n. 50.419 de 7 de abril de 1961 38 , foi
confiada à direção do engenheiro Oscar Lisboa da Graça Couto e foi inaugurada a 6 de maio
do mesmo ano, na Câmara Municipal, com uma solene cerimônia, presidida pelo reitor Arthur
de Sá Earp (ANEXO B7). Proferindo a aula inaugural sobre o sentido da máquina no mundo
moderno, o professor Oscar Edinaldo Porto Carrero salientou que a fundação da Escola
38 A Escola de Engenharia Industrial foi reconhecida pelo Decreto n. 57.582 de 5 de janeiro de 1966.