Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...

Numa entrevista realizada pela Tribuna de Petrópolis, o doutor Mesquita Pimentel
contou que a idéia, levada por Dom Cintra ao cardeal Dom Jaime de Barros Câmara,
arcebispo do Rio de Janeiro e chanceler da PUC-Rio, recebeu logo decidida aprovação.
Atendendo aos pedidos do bispo diocesano, o cardeal veio algumas vezes a Petrópolis para
conhecer e resolver diversas questões particulares, assim como para colaborar na formulação
dos estatutos e examinar as condições técnicas da casa em que iria começar a funcionar a
Faculdade de Direito. Por sua parte, padre Velloso Rebello ajudou no esclarecimento de
várias formalidades necessárias ao andamento do processo no Ministério da Educação e
resolveu tomar a Faculdade petropolitana sob o patrocínio da PUC-Rio à qual, desde o início,
ficaria filiada. O fato de se erigir a Faculdade como filiada à PUC-Rio facilitaria e abreviaria
os trâmites do processo relativo à fundação, segundo confirmou para Dom Cintra o diretor do
ensino superior, Jurandyr Lodi. Haveria, depois, considerável beneficio não apenas à
Faculdade, que contaria com a assistência da reitoria e dos órgãos técnicos da referida
universidade, como também aos alunos, porque o diploma teria a chancela daquela UC, com o
mesmo valor e efeito dos diplomas expedidos pelas universidades oficiais do País (AÇÃO,
1953, abril, p. 103).
A 31 de maio de 1953, em histórica reunião na residência episcopal, Dom Cintra
fundou juridicamente a associação civil denominada Faculdades Católicas Petropolitanas. A
associação foi constituída como pessoa jurídica de direito privado, com o objetivo de
“fundar, manter, administrar e dirigir a Faculdade de Direito de Petrópolis e outras
instituições culturais e sociais na mesma cidade” (art. 2 dos estatutos).
Conforme consta da ata de fundação 16 (ANEXO A1), Dom Cintra,
visando proporcionar à diocese de Petrópolis, em benefício do maior
aprimoramento e difusão, nos diversos campos do conhecimento, dos
fundamentos doutrinários da religião católica romana, e, bem assim, em
benefício e maior solidez da cultura geral do seu povo e também da
população do Estado do Rio e do País, desejava estabelecer em Petrópolis
um Instituto de ensino universitário, com maior número de faculdades
possível, dentre as que eram previstas por lei e normalmente se
compreendem nas universidades brasileiras, com cursos regulares e
expedição de diplomas legalmente reconhecidos pela nossa legislação.
Como colaboradores nessa sua iniciativa, Dom Cintra mencionou o doutor Arthur de
Sá Earp Neto, consultor jurídico e advogado da Mitra Diocesana, e o doutor Ascânio Dá
Mesquita Pimentel, já citado, que naquela época era também membro do Conselho
16 Ata registrada no Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Petrópolis (RJ), Cartório do 4º, no livro III