Capa e sumrio ROSA DE SALVIA - Universidade Católica de ...
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A cerimônia solene da instalação da UCP foi realizada no Teatro Petrópolis, a 10 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1962, e presidida pelo núncio apostólico Dom Armando Lombardi (ANEXO B8).<br />
Estavam presentes: o reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> do Brasil, Pedro Calmon, o representante do<br />
ministro da Educação, Antonio <strong>de</strong> Oliveira Brito, a subdiretora do ensino superior do<br />
Ministério da Educação, Nair Fortes Abu-Merhy, o governador do Estado, Celso Peçanha, o<br />
bispo diocesano, Dom Cintra, o prefeito, Nelson <strong>de</strong> Sá Earp, o presi<strong>de</strong>nte da Câmara, Miguel<br />
Pachá, o reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Juiz <strong>de</strong> Fora, Raimundo Padilha, o comandante do 1º<br />
Batalhão, coronel Dácio Vassimon <strong>de</strong> Siqueira, o reitor e os diretores das Faculda<strong>de</strong>s<br />
<strong>Católica</strong>s Petropolitanas, o corpo docente e outras autorida<strong>de</strong>s civis e eclesiásticas.<br />
Na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reitor da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> recém-inaugurada, o doutor Arthur <strong>de</strong> Sá<br />
Earp narrou a história da UCP, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação da primeira Faculda<strong>de</strong>. Tomou a palavra,<br />
<strong>de</strong>pois, o bispo diocesano, que evi<strong>de</strong>nciou a trajetória rápida e surpreen<strong>de</strong>nte das Faculda<strong>de</strong>s<br />
<strong>Católica</strong>s Petropolitanas, afirmando que não houve em sua cronologia nenhum salto<br />
imprevisto:<br />
A semelhança dos seres vivos, <strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong> especifica e própria, que se<br />
formam e crescem <strong>de</strong> modo orgânico, as Faculda<strong>de</strong>s firmaram-se e<br />
expandiram-se sucessiva e organicamente. Seus setores foram atuando no<br />
ambiente da Escola, com inter<strong>de</strong>pendência inteligente e viva, como partes<br />
<strong>de</strong> um só todo, <strong>de</strong> modo <strong>de</strong> criar entre nós, pouco a pouco, com a<br />
profundida<strong>de</strong> das coisas sérias, o espírito universitário (AÇÂO, abril, 1962,<br />
p. 108).<br />
Com efeito, durante os oito anos <strong>de</strong> existência, as Faculda<strong>de</strong>s conseguiram<br />
estabilida<strong>de</strong> funcional e eficiência cultural: os cursos se <strong>de</strong>sdobraram; passou-se do bairro<br />
afastado do Retiro para o centro da cida<strong>de</strong>; os alunos subiram <strong>de</strong> 50 para o número <strong>de</strong> 550 e<br />
os professores <strong>de</strong> cinco para 69. Dom Cintra agra<strong>de</strong>ceu, portanto, à providência divina e<br />
<strong>de</strong>monstrou seu reconhecimento aos colaboradores diretos, aos benfeitores, aos professores,<br />
aos membros dos Conselhos, em especial do Conselho <strong>de</strong> Administração, e aos componentes<br />
das seções <strong>de</strong> Secretaria e <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong>.<br />
Examinou, em seguida, o conceito clássico <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>, explicitando a idéia <strong>de</strong><br />
educação da Igreja e sua concepção <strong>de</strong> universida<strong>de</strong> católica, frente ao laicismo dominante<br />
nos estudos superiores no Brasil, como já <strong>de</strong>scrito no primeiro capítulo <strong>de</strong>ste estudo.<br />
Concluindo as suas reflexões, Dom Cintra afirmou: