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Análise da escrita ortográfica de crianças em diferentes ... - UFRJ

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influenciado, conforme sugerido por Ferreiro e Pontecorvo (1996), pelo<br />

conhecimento prévio dos aspectos macroestruturais do texto a ser escrito.<br />

Algumas hipóteses po<strong>de</strong>m ser sugeri<strong>da</strong>s na tentativa <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r os<br />

resultados obtidos na presente investigação. Ao escrever um texto, a criança t<strong>em</strong><br />

que gerar e articular suas idéias expressando-as através <strong>de</strong> escolhas lingüísticas<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. No contexto <strong>da</strong> <strong>escrita</strong> livre, as <strong>crianças</strong> tiveram a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolher para sua história um t<strong>em</strong>a que lhes fosse familiar, o que atenuaria as<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong>s cognitivas impostas pela organização <strong>da</strong> trama, tendo, portanto, mais<br />

liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para escrever o que <strong>de</strong>sejass<strong>em</strong>. Além disto, por tratar<strong>em</strong> <strong>de</strong> um t<strong>em</strong>a<br />

relacionado ao seu conhecimento <strong>de</strong> mundo, as escolhas lingüísticas feitas pelas<br />

<strong>crianças</strong> recairiam sobre palavras cujas grafias já se tornaram familiares para<br />

elas, implicando <strong>em</strong> relativamente menos erros ortográficos.<br />

Por outro lado, apesar do ato <strong>de</strong> reescrever um texto envolver a<br />

reprodução <strong>de</strong> um texto-mo<strong>de</strong>lo (Teberosky, 2003), que serve como estímulo para<br />

que as <strong>crianças</strong> escrevam e se apropri<strong>em</strong> dos el<strong>em</strong>entos textuais, este contexto<br />

<strong>de</strong> produção po<strong>de</strong> impor a criança um universo vocabular com o qual a criança<br />

não esteja familiariza<strong>da</strong>. Além disto, as palavras que melhor express<strong>em</strong> os<br />

acontecimentos <strong>da</strong> história po<strong>de</strong>m incluir palavras cujas grafias incluam contextos<br />

ortográficos consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> difícil aquisição na faixa <strong>de</strong> escolari<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>. Desta forma, o conhecimento prévio <strong>da</strong> trama, apesar <strong>de</strong> permitir<br />

que a criança focalize a atenção <strong>em</strong> aspectos particulares do texto não seria<br />

necessariamente um fator facilitador do seu <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho ortográfico<br />

consi<strong>de</strong>rando as escolhas lexicais que a trama imponha as <strong>crianças</strong>.<br />

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