cultura do consumo, identidade e pós-modernidade - Unigranrio
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comportamentos flutuantes, daí o termo <strong>modernidade</strong> líquida, que Baumann utiliza<br />
constantemente para qualificar a <strong>pós</strong>-<strong>modernidade</strong>.<br />
Featherstone (1995) tem outra forma de conceituar esse perío<strong>do</strong> de tempo,<br />
consideran<strong>do</strong>-o como uma ruptura com a etapa anterior, sugerin<strong>do</strong> que ainda estão em<br />
construção as bases e estruturas dessa nova ordem social, <strong>cultura</strong>l e econômica. “Falar em<br />
<strong>pós</strong>-<strong>modernidade</strong> é sugerir a mudança de uma época para outra ou a interrupção da<br />
<strong>modernidade</strong>, envolven<strong>do</strong> a emergência de uma nova totalidade social, com seus princípios<br />
organiza<strong>do</strong>res próprios e distintos” (FEATHERSTONE, 1995, p.20).<br />
Slater (2002) conceitua o perío<strong>do</strong> que sucede a década de 1970 como uma fase de<br />
transição da <strong>modernidade</strong> para a <strong>pós</strong>-<strong>modernidade</strong>, ainda não concluída na<br />
contemporaneidade. Para o autor, a atual fase está caracterizada pela <strong>cultura</strong> de <strong>consumo</strong><br />
como principal mola propulsora das relações sociais e pela fragmentação da <strong>identidade</strong>, que<br />
deixa de estar atrelada à tradição, às regras fixas e rígidas e passa a ser móvel, conforme o<br />
poder de compra <strong>do</strong> indivíduo.<br />
O termo <strong>modernidade</strong> tardia ou alta <strong>modernidade</strong> é utiliza<strong>do</strong> por Giddens (2002), que<br />
afirma que este perío<strong>do</strong> seria a continuidade <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> moderno, que equivale ao mun<strong>do</strong><br />
industrializa<strong>do</strong>. Uma segunda dimensão da <strong>modernidade</strong> apontada por Giddens é o<br />
capitalismo, “sistema de produção de merca<strong>do</strong>rias que envolve tanto merca<strong>do</strong>s competitivos<br />
de produtos quanto a mercantilização da força de trabalho”(GIDDENS, 2002, p.21).<br />
Depois de expostos os vários termos que podem ser utiliza<strong>do</strong>s para o perío<strong>do</strong> que se<br />
segue à segunda metade <strong>do</strong> século XX, será convenciona<strong>do</strong> neste trabalho (para evitar o uso<br />
de várias nomenclaturas) a partir <strong>do</strong> próximo subitem, o termo <strong>pós</strong>-<strong>modernidade</strong>, sen<strong>do</strong><br />
identificada a base teórica utilizada através de referência bibliográfica. O mesmo<br />
procedimento será feito com as várias denominações para as fases <strong>do</strong> capitalismo, que será<br />
qualifica<strong>do</strong> apenas como fordismo ou <strong>pós</strong>-fordismo. A <strong>pós</strong>-<strong>modernidade</strong> será entendida nesta<br />
pesquisa como um perío<strong>do</strong> de grandes mudanças, que rompem com a <strong>modernidade</strong> em alguns<br />
aspectos ou representam continuidade ou transformação em outros. Para melhor entender<br />
essas semelhanças e contradições entre as correntes de estu<strong>do</strong>, se faz necessário analisar o<br />
contexto histórico e sociológico desse perío<strong>do</strong> de transição, que será objeto de análise no<br />
próximo subcapítulo.<br />
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