cultura do consumo, identidade e pós-modernidade - Unigranrio
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eúne nos seus produtos os elementos da <strong>cultura</strong> cotidiana mistura<strong>do</strong>s com padrões de<br />
<strong>consumo</strong> vigentes. Analisan<strong>do</strong> a relação entre a televisão e o cotidiano familiar, Sodré afirma<br />
que a família é usada como modelo de público-alvo e que a construção televisiva leva em<br />
conta a forma de recepção da mensagem para produzi-la.<br />
No broadcast televisivo, a cena videográfica é afetada pelas particularidades da<br />
recepção – com o texto televisivo, as pressões <strong>do</strong> receptor são especialmente<br />
significativas porque o especta<strong>do</strong>r mantém relação acidental ou dispersiva com a tela<br />
pequena.( SODRÉ, 2001, p.157)<br />
Sobre a relação entre a <strong>identidade</strong> <strong>do</strong> público e aquelas apresentadas na televisão,<br />
sobretu<strong>do</strong> nas telenovelas, Hollanda (2003) afirma que os programas televisivos facilitam a<br />
criação de novos comportamentos de <strong>consumo</strong>, que impulsionam a compra de produtos. A<br />
autora explica que as novelas exibem estilos de vida consumistas e que esse processo cria<br />
promoção objetiva da moda e bens liga<strong>do</strong>s à novela:<br />
A família e o espaço <strong>do</strong>méstico são o centro <strong>do</strong> <strong>consumo</strong> nesse processo inicial de<br />
formação de uma sociedade de <strong>consumo</strong> e continua sen<strong>do</strong> assim. E a televisão<br />
parece ser no Brasil o meio ideal para efetuar essa mudança de comportamentos.<br />
(HOLLANDA, 2003, p.30).<br />
Hollanda lembra ainda que a telenovela é um <strong>do</strong>s produtos televisivos mais importantes<br />
na influência <strong>do</strong> comportamento de <strong>consumo</strong> e difusão de estilos de vida, por atingir um<br />
público relativamente varia<strong>do</strong> em termos de classe social, idade e sexo. Enfatizan<strong>do</strong> a vida<br />
nas camadas médias e altas da sociedade, a novela expõe estilos de vida e os produtos que<br />
podem ser consumi<strong>do</strong>s para a construção desses estilos.<br />
O uso de personagens de diferentes camadas sociais, faixas etárias e estilos de vida<br />
na narrativa consiste numa das estratégias para atrair diferentes camadas da<br />
audiência em termos de sexo, faixa etária, classe social. Com o intuito, portanto de<br />
manter essa variedade e amplitude de audiência, a novela permite que o especta<strong>do</strong>r<br />
se familiarize com uma variedade de mun<strong>do</strong>s sociais diferentes <strong>do</strong> seu universo<br />
particular, com diversos estilos de vida e os bens e serviços associa<strong>do</strong>s a esses<br />
mun<strong>do</strong>s e estilos. (HOLLANDA, 2003, p.31).<br />
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