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cultura do consumo, identidade e pós-modernidade - Unigranrio

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primeiro afirma que a televisão provoca impacto nas <strong>identidade</strong>s e nas relações sociais,<br />

transmitin<strong>do</strong> normas, valores, e opções de comportamento. De acor<strong>do</strong> com o autor, “fazen<strong>do</strong><br />

parte <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> social, como uma de suas instâncias, a televisão acompanha seus movimentos<br />

e tendências, é instrumento de veiculação de suas normas e valores, mecanismo de reprodução<br />

e manutenção da ordem <strong>do</strong>minante” (FREIRE FILHO, 2009, p. 30). Filho afirma que a<br />

relação entre a televisão e a sociedade é de mútua afetação e que alterações de valores e outras<br />

ocorrências na sociedade podem provocar mudanças na programação e no perfil das<br />

emissoras:<br />

Lugar de expressão e circulação de vozes, <strong>do</strong> cruzamento de representações e<br />

constituições de novas imagens, a televisão é também um vetor de dinamismo e<br />

modificação <strong>do</strong> seu entorno. É preciso, no entanto, mais <strong>do</strong> que reafirmar essa<br />

circularidade, buscar qualificá-la. (FREIRE FILHO, 2009, p.30)<br />

Freire Filho (2009) destaca ainda que o diálogo entre televisão e sociedade pode ser<br />

comprova<strong>do</strong> através da incidência da novela nas conversações e hábitos cotidianos. O autor<br />

acredita que o processo de identificação <strong>do</strong>s indivíduos com a televisão está cada vez mais<br />

presente e que a pauta da televisão está se tornan<strong>do</strong> cada vez mais semelhante à <strong>cultura</strong> <strong>pós</strong>-<br />

moderna e vice-versa, num processo de retroalimentação. Para o autor, praticamente não há<br />

mais diferenças entre “aquele que está na televisão e aquele que assiste. É assim que a<br />

televisão se torna o lugar mesmo de realização e consagração <strong>do</strong> valor maior da nova<br />

sociedade, que é o desenvolvimento pessoal e a autonomia individual”. (FREIRE FILHO,<br />

2009, p.28)<br />

A difusão da <strong>cultura</strong> de <strong>consumo</strong> e estilos de vida através da televisão é estudada<br />

também por Sodré (2002) e Hollanda (2003). Como já afirma<strong>do</strong> em capítulo anterior, a<br />

<strong>cultura</strong> <strong>pós</strong>-moderna, da qual a midiatização é um <strong>do</strong>s fatores impulsiona<strong>do</strong>res, provoca<br />

impacto na <strong>identidade</strong>, fragmentan<strong>do</strong>-a e transforman<strong>do</strong>-a em estilos de vida, que<br />

correspondem aos imperativos de merca<strong>do</strong>.<br />

Para Sodré (2001), a cena videográfica, que é o suporte das imagens eletrônicas,<br />

comporta não só tecnologias específicas como também padrões <strong>do</strong> discurso televisivo.<br />

Segun<strong>do</strong> o autor, a característica técnica da televisão é a precariedade da definição da<br />

imagem, que não permite o detalhamento e obriga o telespecta<strong>do</strong>r a um envolvimento mais<br />

profun<strong>do</strong> com a história. Já <strong>do</strong> ponto de vista discursivo, o autor argumenta que a televisão<br />

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