grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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Nesse sentido, po<strong>de</strong>mos dizer que a data escolhida para a inauguração<br />
do <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> não foi <strong>de</strong>finida por um acaso, mas a partir <strong>de</strong> um marco,<br />
consi<strong>de</strong>rado para os que a <strong>de</strong>limitaram importante e significativo ao momento.<br />
Digamos que isso era comum acontecer na <strong>de</strong>limitação das datas <strong>de</strong><br />
inauguração <strong>de</strong> <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es, pois, por exemplo, no Piauí para inaugurar<br />
um <strong>de</strong>terminado <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> esperaram uma data que tivesse certa<br />
representação para aquele fato. Vejamos isso na seguinte citação:<br />
É ainda exemplar, nesse aspecto, o modo como o prédio do Grupo<br />
Escolar Miranda Osório <strong>de</strong> Parnaíba realizou sua inauguração em<br />
1927. Mesmo esta escola tendo sido instalada em junho, foi<br />
aguardada uma data que simbolicamente representasse o<br />
patriotismo, as mudanças <strong>de</strong>sejadas para a educação municipal e<br />
autonomia <strong>de</strong> Parnaíba, <strong>de</strong>stacando-se sua ação educacional, em<br />
matéria <strong>de</strong> melhoramentos municipais, para ser inaugurada<br />
solenemente a escola. Esta data foi 7 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 1927.<br />
(LOPES, 2006b, p.4367)<br />
Desse modo, po<strong>de</strong>mos dizer que a data <strong>de</strong> inauguração <strong>de</strong> instituições<br />
<strong>escolar</strong>es era revestida <strong>de</strong> todo um significado, principalmente quando ela<br />
coincidia com alguma data já comemorada em nível internacional, nacional,<br />
estadual ou municipal.<br />
No discurso do <strong>de</strong>putado Generino Maciel consi<strong>de</strong>ramos também<br />
interessante ressaltar a importância que ele <strong>de</strong>u à escola. Vejamos<br />
Templo se tem chamado a Escola e ella o é, realmente, pelo bem<br />
que presta a socieda<strong>de</strong>. Officina, a escola educa e instrúe. Educar é<br />
fazer que o caracter se purifique, libertando-o <strong>de</strong> falhas removíveis,<br />
ou então lhe evi<strong>de</strong>nciando as virtu<strong>de</strong>s innatas em <strong>de</strong>trimento das<br />
taras que porventura a afetam; instruir é adaptar a intelligencia a<br />
comprehensão <strong>de</strong> todos os fenômenos. Ali, por certo a ethica do<br />
coração; aqui, na verda<strong>de</strong>, a esthetica do espírito. (Jornal A<br />
UNIÃO,16/10/1924, p.02)<br />
Nessa colocação po<strong>de</strong>mos vislumbrar o i<strong>de</strong>ário republicano educacional,<br />
já que o <strong>de</strong>putado <strong>de</strong>staca a escola como lugar das crianças se purificarem em<br />
relação aos problemas da socieda<strong>de</strong>. Portanto, é possível perceber,<br />
implicitamente nessa fala, a idéia da escola como regeneradora da nação.<br />
O <strong>de</strong>putado expõe, ainda, os <strong>de</strong>safios que terão os professores no novo<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>escolar</strong>ização primária, <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong>, alertando que