grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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implantar na Paraíba a prática educacional que vinha dando tão certo naquele<br />
estado.<br />
Esse fato, <strong>de</strong> pessoas envolvidas diretamente com a educação <strong>de</strong> um<br />
estado sair para observar como estava se dando a organização do ensino em<br />
outra região, particularmente em São Paulo, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tentar<br />
implantar em seu estado foi salientado por vários outros estudiosos, como, a<br />
título <strong>de</strong> exemplo, Faria Filho (2000), ao estudar a educação pública primária<br />
na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belo Horizonte na década <strong>de</strong> 1920. Salientemos, portanto, a<br />
<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>sse fato contada por este estudioso:<br />
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Ao realizar uma viagem ‘comissionada’ ao Rio <strong>de</strong> Janeiro e a São<br />
Paulo, o inspetor técnico do Ensino, Estevam <strong>de</strong> Oliveira, resi<strong>de</strong>nte<br />
em Juiz <strong>de</strong> Fora e <strong>de</strong> formação militar, ficou <strong>de</strong>slumbrado com o<br />
espetáculo <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m, civismo, disciplina, serieda<strong>de</strong> e competência<br />
que disse observar nas instituições <strong>de</strong> instrução primária da capital<br />
paulista.<br />
Corria o ano <strong>de</strong> 1902 e fazia menos <strong>de</strong> uma década que havia sido<br />
criado em São Paulo (no Brasil) o primeiro estabelecimento do tipo<br />
que tanto impressionara nosso inspetor: o <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong>.<br />
Acostumado que estava com a forma <strong>de</strong> organização do ensino<br />
primário através das escolas isoladas, Estevam <strong>de</strong> Oliveira passou,<br />
então, a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r ardorosamente a adoção dos <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es<br />
como a forma mais mo<strong>de</strong>rna e eficiente <strong>de</strong> organizar a instrução.<br />
(FARIA FILHO, 2000, p.27)<br />
Como pu<strong>de</strong>mos observar a tentativa <strong>de</strong> criar e regulamentar <strong>grupo</strong>s<br />
<strong>escolar</strong>es na Paraíba remonta respectivamente aos anos <strong>de</strong> 1908 e 1911. Mas,<br />
quanto à regulamentação <strong>de</strong>ssa nova organização do ensino primário, é<br />
fundamentalmente a partir da reforma instaurada no ano <strong>de</strong> 1917, no governo<br />
Camillo <strong>de</strong> Hollanda, que os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es, enquanto novo mo<strong>de</strong>lo,<br />
recebem contornos mais visíveis para sua melhor efetivação.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> é apresentado nessa reforma <strong>de</strong> 1917 como<br />
parte integrante do ensino elementar, o qual podia ser ministrado em escolas<br />
isoladas, escolas reunidas e <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es.<br />
O ensino elementar, segundo a reforma <strong>de</strong> 1917, podia ser implantado<br />
no estado da Paraíba tanto em cida<strong>de</strong>s como em vilas e povoados. Todavia,<br />
para que se criasse esse ensino era imprescindível que uma <strong>de</strong>terminada<br />
localida<strong>de</strong> possibilitasse uma freqüência <strong>escolar</strong> <strong>de</strong>, no mínimo, trinta alunos.