grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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palavra, tornaram-no em breve, <strong>de</strong>tentor da confiança do colegiado.<br />
Eleito Presi<strong>de</strong>nte da casa, eventualmente chegou à Presidência do<br />
Estado em substituição ao Antônio Pessoa, entregando o governo a<br />
Camilo <strong>de</strong> Holanda. Este <strong>de</strong> imediato, convida-o para Secretário do<br />
Governo, cargo do qual se afastou por ter sido eleito <strong>de</strong>putado<br />
fe<strong>de</strong>ral.<br />
Aquele curto período <strong>de</strong> governo, fora, todavia, suficiente para<br />
revelar suas qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> administrador emérito (LEITE, 1979, p.<br />
17-18)<br />
Conforme Trigueiro (1982), Solon foi um dos raros<br />
presi<strong>de</strong>ntes/governadores do estado da Paraíba até a década <strong>de</strong> 1970 que não<br />
possuía diploma <strong>de</strong> curso superior, embora, como observamos na citação<br />
antece<strong>de</strong>nte, tenha cursado a Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Direito do Recife sem chegar a<br />
diplomar-se. O mesmo autor afirma que Solon era consi<strong>de</strong>rado inteligente, com<br />
fama <strong>de</strong> excelente orador e lí<strong>de</strong>r.<br />
Solon <strong>de</strong> Lucena assumiu pela primeira vez a presidência do estado da<br />
Paraíba no ano <strong>de</strong> 1916, mais precisamente nos últimos meses do quatriênio,<br />
por causa do afastamento do Coronel Antônio Pessoa, como já <strong>de</strong>stacado por<br />
Leite. De 1920 até 1924, Solon assume novamente a presidência do estado e<br />
no último ano <strong>de</strong> sua administração por efeito <strong>de</strong> sérios problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
fica menos comprometido com o serviço público. Faleceu quando ainda moço,<br />
com apenas <strong>de</strong> 49 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, em 4 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1926.<br />
Sobre o governo Solon na Paraíba, Trigueiro relata que:<br />
Solon era figura austera e comportou-se no governo com perfeita<br />
respeitabilida<strong>de</strong>. Não sei se terá sido mais feliz do que os outros na<br />
direção dos negócios políticos. Uma coisa, porém, é certa: foi ele o<br />
único que não teve qualquer atrito com Epitácio, a quem obe<strong>de</strong>cia<br />
com absoluta lealda<strong>de</strong>. Nunca se ouviu falar que, entre os dois,<br />
houvesse surgido qualquer <strong>de</strong>sentendimento sobre o mais<br />
insignificante problema partidário. (TRIGUEIRO, 1982, p.65)<br />
Em conseqüência <strong>de</strong>ssa relação, que consi<strong>de</strong>ramos pacífica, com o<br />
então presi<strong>de</strong>nte da república, Epitácio Pessoa, o governo Solon foi percebido<br />
da seguinte maneira:<br />
De Solon, sempre se disse que era bom político, mas ninguém lhe<br />
teria dado o título <strong>de</strong> bom administrador. De um lado, era ofuscada<br />
pela presença do governo fe<strong>de</strong>ral, com execução <strong>de</strong> um fabuloso<br />
programa <strong>de</strong> obras, que cobria todo território do Estado. De outro, as<br />
obras realizadas na Capital se apresentavam como obras da<br />
Prefeitura, então exercida por Walfredo Gue<strong>de</strong>s Pereira,