grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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Esse silêncio e essa dimensão da festa em comemoração ao dia 12 <strong>de</strong><br />
outubro do ano <strong>de</strong> 1937, <strong>de</strong>ixado aperceber na matéria do jornal citado, po<strong>de</strong>m<br />
ter relação ao que Gallego e Cândido (2006, p. 4270) observaram no estado <strong>de</strong><br />
São Paulo, a saber: que as festas <strong>escolar</strong>es após certa organização do ensino<br />
público passaram a ser contestadas até como “causas perturbadoras do<br />
ensino, sem nenhuma utilida<strong>de</strong> para o fim da educação”. Segundo essas<br />
autoras, essas críticas quanto às festivida<strong>de</strong>s <strong>escolar</strong>es se fundamentavam no<br />
argumento <strong>de</strong> que as festas já haviam cumprido o seu papel que era tornar<br />
visível o <strong>de</strong>senvolvimento das primeiras escolas republicanas. Para as<br />
estudiosas antes mencionadas,<br />
Se as festas foram importantes em um primeiro momento para a<br />
consolidação dos i<strong>de</strong>ais republicanos e para dar visibilida<strong>de</strong> à escola<br />
pública, em um momento posterior esse objetivo é contestado e ela<br />
obtém outros sentidos que não os mobilizados inicialmente. Po<strong>de</strong>-se<br />
atribuir essa mudança do papel das festas à própria assimilação<br />
<strong>de</strong>ssas na cultura <strong>escolar</strong> que estava se configurando no período<br />
estudado. Ao fazerem parte <strong>de</strong> um modo cada vez mais interiorizado<br />
no cotidiano <strong>escolar</strong>, observa-se que ao se alcançar os objetivos<br />
explicitados não é mais necessário marcar as ‘novida<strong>de</strong>s’.<br />
(GALLEGO; CÂNDIDO, 2006, p.4271)<br />
Portanto, observamos que as festas em comemoração a algumas datas<br />
no GESL variaram conforme o objetivo, a motivação, as pessoas e o momento<br />
sócio-histórico. Elas foram constituintes <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> características e<br />
rituais, os quais extrapolavam o sentido <strong>de</strong> solenida<strong>de</strong> para o <strong>de</strong> aprendizagem<br />
<strong>de</strong> conteúdos, valores, normas e comportamentos consi<strong>de</strong>rados a<strong>de</strong>quados<br />
naquele período.<br />
4.3 – Festa <strong>de</strong> inauguração do cinema educativo do Grupo Escolar Solon<br />
<strong>de</strong> Lucena<br />
A institucionalização do Cinema Educativo foi consi<strong>de</strong>rada um marco <strong>de</strong><br />
inovação nos recursos utilizados nas escolas. Como um meio auxiliar <strong>de</strong> ensino<br />
e uma tecnologia veiculadora <strong>de</strong> saberes e valores, este recurso esteve<br />
atrelado à otimização do trabalho docente, bem como, à mo<strong>de</strong>rnização do<br />
ensino.