grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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Os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es hão <strong>de</strong> surgir naturalmente como uma<br />
conseqüência da evolução e um resultado do progresso. Para isto<br />
foram tomadas pela comissão sabias e pru<strong>de</strong>ntes resoluções. (Jornal<br />
A UNIÃO, 19/08/1917, p.01)<br />
Assim, também po<strong>de</strong>mos observar que a então Reforma procurou estar<br />
atenta, no processo <strong>de</strong> substituição <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo para o outro, com as<br />
condições financeiras, pois “seria oneroso aos cofres públicos [construir e<br />
manter <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es]” (PAIVA, LIMA E PINHEIRO, 2006, P. 5774).<br />
Analisando essa transição, Pinheiro (2002) nos indica que a substituição<br />
das ca<strong>de</strong>iras isoladas para os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es marcou um “lento processo” na<br />
Paraíba. Conforme esse autor, na substituição <strong>de</strong>sse primeiro mo<strong>de</strong>lo para o<br />
último, em muitos casos, passava-se pelas escolas reunidas, referendada pelo<br />
citado autor como “instituições transitórias”.<br />
Sobre a implantação dos <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es nas cida<strong>de</strong>s paraibanas, era<br />
<strong>de</strong>terminado no art. 40 daquela Reforma que, “a creação dos <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es<br />
[seria] feita por <strong>de</strong>creto do govêrno, logo que na localida<strong>de</strong> exista predio<br />
apropriado pertencente ao Estado, ou seja offerecido pelas municipalida<strong>de</strong>s ou<br />
particulares” (PARAHYBA, 1917).<br />
Então, <strong>de</strong>ntre outros critérios, como o número <strong>de</strong> alunos e <strong>de</strong><br />
funcionários, para se criar um <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> era, essencialmente, necessário<br />
possuir prédios a<strong>de</strong>quados para a implantação e funcionamento <strong>de</strong> tal<br />
organização <strong>de</strong> ensino, já que esse novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> escola não tinha<br />
condições <strong>de</strong> funcionar em salas <strong>de</strong> casas <strong>de</strong> professoras e galpões como<br />
ocorriam com as escolas e ca<strong>de</strong>iras isoladas.<br />
2.2.2 - Surgem novos atores para a educação <strong>escolar</strong>: diretor, porteiro e<br />
servente<br />
Anunciando e <strong>de</strong>terminando novos atores para a escola, a reforma <strong>de</strong><br />
1917, mais precisamente no art. 43, explicita que “o pessoal administrativo dos